Ibovespa (IBOV) abre em alta aos 132 mil pontos com resultado da JBS (JBSS3) no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (26)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (26) em alta. O principal índice da bolsa brasileira avança 0,03%, aos 132.104,12 pontos, por volta de 10h03 (horário de Brasília).


O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações de hoje, à medida que os investidores seguem aguardando detalhes sobre os planos tarifários dos Estados Unidos para a próxima semana, uma vez que temem seu impacto sobre a economia global.

Por volta das 10h, o dólar avançava a 0,22%, a R$ 5,7113.

Do lado corporativo, saem os resultados do quarto trimestre (4T24) da Tupy (TUPY3), Dasa (DASA3), Kora Saúde (KRSA3), Rede D’Or (RDOR3), Americanas (AMER3) e Equatorial Energia (EQTL3).

  • VEJA TAMBÉM: Fique por dentro da temporada de resultados 4T24 com cobertura especial do Money Times

Day Trade:

  • Porto (PSSA3), Engie (EGIE3) e mais 2 ações para comprar 
  • Suzano (SUZB3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 3,04%

Radar do mercado:

  • Irani (RANI3), Natura (NTCO3), JBS (JBSS3) e outros destaques

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (26)

1 – Julgamento de Bolsonaro segue para o último dia

Brasília pega fogo com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A corte analisa se os acusados se tornarão réus pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A expectativa, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, é que o julgamento termine com os cinco votos da turma favoráveis à aceitação da denúncia contra Bolsonaro. Formam o colegiado os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

Em uma iniciativa incomum em comparação a grandes casos anteriores analisados pelo Supremo, Bolsonaro decidiu acompanhar pessoalmente o julgamento no plenário. O ex-presidente sentou-se na primeira fila da plateia ao lado dos seus dois principais advogados, Celso Villardi e Paulo Amador Cunha Bueno.

2- Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 8,8 bi em fevereiro, diz Banco Central

Brasil registrou em fevereiro déficit em transações correntes e investimento estrangeiro direto melhores do que o esperado, informou o Banco Central.

No mês, o país teve saldo negativo em transações correntes de US$ 8,758 bilhões, de rombo de US$ 3,903 bilhões no mesmo período do ano anterior, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,28% do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 9,104 bilhões em fevereiro.

3 – Contagem regressiva

Na contagem regressiva do “Dia das Tarifas”, em 2 de abril, o mercado já adota postura cautelosa diante da incerteza sobre o novo pacote comercial de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, a proposta deve ser implementada em duas fases, com medidas imediatas e investigações futuras que podem ampliar as restrições. O principal desafio, segundo ele, é a dificuldade em precificar os impactos, aumentando a volatilidade e a apreensão dos investidores.

Enquanto parte do mercado ainda espera uma abordagem mais branda, Spiess mantém o ceticismo, alertando para a imprevisibilidade econômica do novo governo.

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4 – Natura (NTCO3) convoca acionistas para reestruturação societária

Natura (NTCO3) anunciou a convocação de uma Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGO/E) para deliberar sobre a incorporação da holding pela Natura Cosméticos S.A. O movimento faz parte de um plano estratégico da companhia para simplificar sua estrutura societária e reduzir custos, em meio a dificuldades.

Caso aprovada, a incorporação resultará na extinção da Natura &Co Holding, com seus acionistas passando a deter ações da Natura Cosméticos em uma conversão de um para um, sem diluição. A empresa também manterá sua listagem no Novo Mercado da B3, segmento de mais alto nível de governança corporativa.

Além da reestruturação societária, os acionistas também votarão no dia 25 de abril a aprovação das demonstrações financeiras de 2024, a eleição do conselho de administração e a distribuição de dividendos.

A Natura &Co não antecipou detalhes sobre a proposta de dividendos, mas investidores aguardam definições sobre a política de remuneração aos acionistas.

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5- JBS (JBSS3) reporta lucro de R$ 2,412 bilhões no 4T24; empresa propõe R$ 4,4 bilhões em dividendos

JBS (JBSS3) reportou um lucro líquido de R$ 2,412 bilhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), um crescimento de 2820% na comparação com o mesmo trimestre de 2023 (4T23).

Em 2024, o lucro da companhia totalizou R$ 9,615 bilhões contra um prejuízo de R$ 1,061 bilhão em 2023. O Ebitda ajustado cresceu 127,7% de 2023 para 2024, saindo de R$ 17,146 bilhões para R$ 39,039 bilhões.

No 4T24, a JBS registrou uma receita líquida consolidada de R$116,7 bilhões, um aumento de 21% em relação ao 4T23. No período, cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a JBS atua e 25% por meio de exportações.

A JBS encerrou o ano com R$ 35,6 bilhões em caixa e possui US$3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$ 2,9 bilhões na JBS USA e US$500 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$20,8 bilhões pelo câmbio de fechamento do período.

A administração da companhia propôs para aprovação em Assembleia Geral a distribuição de R$4,4 bilhões em dividendos para 2025, equivalente a R$2 (US$0,35) por ação, a serem pagos após a sua aprovação.

*Com informações de Reuters 

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