2 ações da Bolsa para se proteger em meio à guerra comercial, segundo a XP

Duas empresas com características defensivas ou exposição a mercados estratégicos se destacam em meio à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, segundo analistas da XP Investimentos.

A corretora aponta a Gerdau (GGBR4) e a Aura Minerals (AURA33) como oportunidades para os investidores se protegerem — ou até se beneficiarem — do aumento da volatilidade global.

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Em relatório, a XP destaca que a siderúrgica, por ter parte da produção nos EUA, tende a se blindar das tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Além disso, a Gerdau pode se favorecer com a alta nos preços de alguns produtos, resultado da redução da oferta no país.

Já a Aura Minerals é vista como um ativo de proteção contra a inflação, comum em períodos de maior aversão ao risco.

Guerra comercial: índice do medo dispara

A recomendação da XP acontece em um momento de forte aumento na volatilidade global. Com a guerra comercial, o VIX, índice de volatilidade da Bolsa americana, conhecido como “índice do medo”, disparou, atingindo o maior patamar desde março de 2020.

O movimento representa a reação dos investidores a um pacote de medidas mais severas do que o mercado antecipava. Os EUA impuseram tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto a China respondeu com taxas de até 125%, aprofundando a incerteza global.

Houve até um alívio temporário com a decisão de Trump de reduzir as tarifas para 10% por 90 dias para países que não retaliaram os norte-americanos. Ainda assim, o ambiente de cautela e menor apetite ao risco permanece.

Brasil: menos impacto e mais oportunidades

Apesar da turbulência externa, a XP avalia que o Brasil pode ser considerado um “vencedor relativo” por dois fatores: as tarifas impostas foram mais brandas e setores como o agronegócio podem se beneficiar com o redirecionamento da demanda chinesa.

A expectativa da corretora é que, caso a tensão comercial se estenda, a China intensifique a busca por novos fornecedores — e o Brasil, especialmente nos segmentos de alimentos, proteínas e commodities agrícolas, tende a ganhar espaço.

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