BRF (BRFS3): XP revisa estimativas após 4T24 e trata empresa como top pick — mas é hora de comprar?

A XP Investimentos atualizou as estimativas para as empresas expostas ao setor de frango após a divulgação dos resultados no quarto trimestre de 2024 (4T24). A corretora reforçou a recomendação de compra para BRF (BRFS3) e trata a ação como a principal escolha do setor.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (31), analistas destacaram as conclusões de uma análise aprofundada da estrutura de custos da BRF. Na visão da corretora, o ambiente de custos está controlado no curto prazo e o mercado de carne de frango pode ser beneficiado pela menor oferta de bovinos.

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Apesar dos números decepcionantes no 4T24, a XP não vê deterioração significativa nos fundamentos da empresa. Ainda, a análise considera que o forte momentum de lucros no curto prazo deve promover uma reavaliação positiva para a empresa.

Para o próximo trimestre, a expectativa é de um desempenho sólido. “Nossos modelos proprietários de proteína global e Brasil indicam uma queda na produção de carne vermelha, o que deve sustentar preços mais altos do frango”, diz a XP.

A corretora reforça que a perspectiva para uma dinâmica favorável para o frango no mercado de proteínas não deve se manter apenas no curto prazo, podendo se estender entre 3 e 5 anos.

É hora de comprar BRF (BRFS3)?

De acordo com analistas a empresa possui um ponto de entrada atrativo, já que os resultados mais fracos seguraram seu desempenho, tornando os papéis mais descontados. Nos últimos três meses, as ações da BRF caíram 21,9%.

A principal preocupação dos investidores em relação à empresa é referente aos custos de produção mais elevados, com a alta do milho ameaçando as margens. No entanto, a corretora não vê motivo para pânico.

“As projeções climáticas estão melhorando marginalmente, enquanto as perspectivas para os preços do farelo de soja são favoráveis. Além disso, os fundamentos de oferta e demanda sustentam a visão de repasse de preços, que provavelmente mitigará as pressões de custo”, afirma.

Para os analistas, o papel tem um valuation mais atrativo do que a  JBS (JBSS3), comparando os múltiplos de Ev/Ebitda (valor da empresa dividido pelos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Neste contexto, a XP define o preço-alvo de R$ 29,20 para a companhia, que representa um potencial de valorização de 47,7%.

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