2025 começa mal para o comércio, com queda na confiança diante das incertezas no mercado

Em março de 2025, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 2,6% em relação ao mês de janeiro (108 pontos), atingindo 99,2 pontos, o menor nível desde junho de 2021, o que demonstra um pessimismo crescente, impulsionado pela instabilidade econômica, incertezas no mercado e a alta dos juros, que afetam diretamente as expectativas e intenções de investimento do setor.

O pessimismo é mais evidente quando analisamos as expectativas para a economia, que apresentaram uma queda de 5,5%, atingindo 109,5 pontos, o menor nível desde julho de 2020.

Isso demonstra que, apesar da perspectiva positiva para o futuro, a confiança dos empresários está se enfraquecendo, refletindo o cenário econômico instável em 2025.

Setores de bens duráveis lidera queda

A pesquisa também revelou que o segmento de bens duráveis, especialmente supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, sofreu a maior retração, com queda de 4,4%.

Já o setor de eletroeletrônicos, móveis, decorações e materiais de construção, alcançou 97,2 pontos, ficando pela primeira vez abaixo da marca de 100 pontos desde maio de 2021.

Intenção de investimentos

Outro dado importante é a redução nas intenções de investimentos, que registraram uma diminuição de 1,1% em relação a fevereiro de 2025 e 2,2% em comparação a março de 2024.

O subindicador de “Intenção de Investimentos” foi impactado pela incerteza no mercado, refletindo uma postura mais cautelosa por parte dos varejistas.

Esse cenário indica que os empresários estão adotando uma postura mais conservadora, aguardando melhores condições para realizar novos investimentos.

A combinação de juros elevados e um panorama econômico instável está dificultando as previsões de crescimento, o que pode ter reflexos negativos no consumo e nas operações comerciais nos próximos meses.

Com isso, as expectativas de recuperação do comércio continuam em declínio, e os comerciantes devem continuar cautelosos até que haja uma estabilização econômica mais sólida.

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