Alfa Romeo desafia a eletrificação e mantém o V6 a combustão

Ano após ano, os fabricantes seguem à risca o discurso de se adaptar às demandas do mercado. No entanto, em algumas ocasiões, os consumidores conseguem mudar essa rota. É essa força que pode influenciar a Alfa Romeo a manter o icônico motor V6 2.9, que entrega 505 cv e 61,1 kgfm.

Atualmente, a Alfa Romeo está trilhando um caminho que seus clientes podem não estar preparados para aceitar, como o retorno do Giulia em uma versão híbrida entre crossover e sedan. Além disso, a marca já confirmou que híbridos e elétricos fazem parte do seu futuro. Diante disso, surge uma dúvida: qual será o destino das variantes Quadrifoglio?

Em entrevista à revista Car, Cristiano Fiorio, chefe de marketing e comunicação da Alfa Romeo, afirmou que os modelos Quadrifoglio não farão a transição para elétricos tão cedo. “Não vejo um Quadrifoglio EV. Pessoalmente, ele precisa ter o som de um motor a combustão. Mas, tudo pode mudar em cinco anos”, declarou Fiorio.

A Alfa Romeo substituirá os motores a combustão por eletricidade?

A decisão de substituir motores a combustão por unidades elétricas já foi tomada dentro da Stellantis, grupo automotivo ao qual a Alfa Romeo pertence. Um exemplo é a Dodge, que eliminou seus tradicionais V8. No entanto, Fiorio destacou que a Alfa Romeo precisa respeitar o desejo de seus consumidores.

“Isso é expresso pelos fãs e clientes. A presença da nomenclatura Quadrifoglio é forte em muitos mercados. Por isso, teremos que continuar fornecendo aos clientes o que eles desejam”, acrescentou o executivo.

Diante dessas declarações publicadas pelos sites Car e Carscoops, fica evidente que ainda há hesitação dentro do fabricante sobre a eletrificação completa de seus modelos mais esportivos. Fiorio não garantiu que o V6 2.9 continuará exatamente como é hoje, mas sugeriu que o motor ainda estará presente sob o capô do Giulia e do Stelvio.

Além disso, o executivo mencionou que o V6 biturbo poderia ser aplicado à plataforma STLA Large, que servirá de base para as próximas gerações do Giulia e do Stelvio. Isso indica que, pelo menos por enquanto, a marca do cuore sportivo ainda não está disposta a abrir mão da tradição dos seus esportivos mais icônicos.

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