Ministro da Fazenda reafirma confiança no arcabouço fiscal e critica “aventuras” econômicas

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou sua confiança no atual arcabouço fiscal, destacando que o modelo aprovado em 2023 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “funciona” e não deve sofrer alterações estruturais.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (24/3), durante um seminário do jornal Valor Econômico, em São Paulo.

Haddad reconheceu que alguns parâmetros do arcabouço podem ser ajustados ao longo do tempo, mas argumentou que sua base deve ser preservada.

“Se você reforçar os fundamentos do atual arcabouço fiscal, não terá problemas com crescimento, déficit ou inflação. Eu confio no desenho que foi feito”, afirmou.

O ministro alertou contra medidas que possam comprometer a estabilidade fiscal, mencionando o aumento de gastos do governo anterior em 2022.

“Não vejo razão para repetir o que aconteceu naquele ano, quando se ampliaram despesas para reverter um cenário eleitoral desfavorável”, disse.

Para ele, é essencial evitar esse tipo de “aventura”, que pode gerar dificuldades na gestão econômica futura.

Haddad também destacou a boa recepção do arcabouço por especialistas, inclusive no exterior. No entanto, reconheceu que ajustes na administração pública serão necessários. “Teremos que fazer reparos na máquina para que ela funcione bem”, pontuou.

Apesar da defesa do modelo atual, há divergências dentro do governo. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou recentemente que as regras fiscais precisarão ser reformuladas no futuro.

Segundo Tebet, o próximo presidente, a partir de 2027, não conseguirá governar sob os moldes atuais sem comprometer a inflação, a dívida pública e a economia.

A discussão sobre o arcabouço fiscal deve seguir como um dos principais temas da política econômica nos próximos anos, com pressões por ajustes e debates sobre a sustentabilidade das regras vigentes.

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