Lago Igapó de Londrina tem o maior vazamento dos últimos meses e município busca alternativa para ‘tapar’ problema


Nível da água abaixou aproximadamente um metro, entre sábado (22) e segunda (24), segundo Secretaria Municipal de Obras. Lago enfrenta problemas com vazamento desde fevereiro. Nível da água do Lago Igapo II abaixou aproximadamente um metro.
Rogério Pinheiro/RPC
O Lago Igapó II, em Londrina, no norte do Paraná, enfrenta um vazamento desde janeiro deste ano, quando foi detectado por um visitante. Nesta segunda-feira (24), a Secretaria Municipal de Obras informou que o nível da água abaixou aproximadamente um metro, desde sábado (22), sendo o pior cenário desde o início do trabalho para conter o problema.
Otávio Gomes, secretário municipal de Obras, explicou em entrevista à RPC que os sacos de areia instalados para barrar o vazamento estouraram no sábado. Novos sacos foram instalados no domingo (23), mas eles foram arrastados pela pressão da água.
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“Nós temos uma situação agora que ela é um pouco mais perigosa, porque o vazamento está bem próximo às margens. Até aviso para a população que estiver passando por aqui […] porque, se suga um bag [saco] de 1.250 quilos, uma pessoa sugaria muito fácil também”, disse o secretário.
O problema, segundo Gomes, está na caixa de transição próxima à tubulação da Avenida Higienópolis.
“[…] para a pessoa leiga entender, a gente precisa colocar uma rolha no dreno. A banheira tem um dreno lá embaixo. Então você precisa ir lá e tapar esse dreno”, o secretário explicou.
Aproximadamente sete caminhões carregados com pedras serão levados ao cartão postal da cidade para aterrar temporariamente o vazamento, nesta segunda.
Ao mesmo tempo, conforme o secretário, um projeto está sendo elaborado para uma solução definitiva.
Gomes esclareceu que não existe perigo de rompimento, mas há risco de esvaziamento total do lago.
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Histórico do vazamento
Segundo o secretário Otávio Gomes, o problema foi notado após frequentador notar um redemoinho no lago, no dia 24 de janeiro.
Funcionários do município foram até o local e constataram um rompimento do vertedouro, que é uma estrutura hidráulica que serve para controlar o fluxo de água. O equipamento é feito de madeira e aço e foi construído em 2002.
No dia 14 de fevereiro, o lago começou a ser esvaziado para conserto das comportas. Não foi necessário tirar toda a água porque, naquele momento, o vazamento foi contido.
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Oito dias depois, mais uma vez, o nível do lago começou a abaixar. Para tentar solucionar, foi instalada uma comporta e colocados sacos de areia.
Na entrevista desta segunda-feira (24), o secretário informou que a comporta foi destruída pela força da água.
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Situação de emergência
No dia 28 de fevereiro, foi decretada situação de emergência. A publicação no Jornal Oficial permitiu “alocação de recursos financeiros e humanos necessários para a execução das medidas emergenciais”.
A justificativa foi de que o vazamento causa “risco de danos ao meio ambiente e à população em geral”.
No mesmo decreto, está prevista a necessidade de contratação de uma empresa especializada para tentar conter a situação.
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