Ibovespa (IBOV) abre sem direção definida aos 131 mil pontos com Super Quarta; 5 coisas para saber ao investir hoje (19)

O Ibovespa (IBOV) abre sem uma direção definida no pregão desta quarta-feira (19). O principal índice da bolsa brasileira avança 0,04%, aos 131.531,38 pontos, por volta de 10h05 (horário de Brasília).


O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações de hoje, à medida que os investidores se posicionam para as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central mais tarde, enquanto seguem de olho nas incertezas geopolíticas.

Por volta das 10h, o dólar avançava a 0,19%, a R$ 5,6811.

Do lado corporativo, serão divulgados os resultados do quarto trimestre de 2024 da Mater Dei (MATD3), Randoncorp (RAPT4), Minerva (BEEF3), Lavvi (LAVV3), Moura Dubeux (MDNE3), PetroReconcavo (RECV3), Enjoei (ENJU3), Guararapes (GUAR3) e Positivo (POSI3).

  • E MAIS: Super Quarta no radar – saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e como investir a partir de agora

Day Trade:

  • Vale (VALE3), BTG Pactual (BPAC11) e mais 4 ações para comprar
  • Petrobras (PETR4) e outras ações para vender e buscar retornos de até 3,08%

Radar do mercado

  • Vivara (VIVA3), Hypera (HYPE3), Azzas 2154 (AZZA3) e outros destaques

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (19)

1 – Super Quarta chegou

Os bancos centrais do Brasil e Estados Unidos, além da China e Japão, anunciam suas decisões de política monetária.

Por aqui, a expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, levando-a ao patamar de 14,25% ao ano. Se confirmado, essa será a maior taxa Selic desde outubro de 2016, pouco tempo depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A alta robusta na Selic já é precificada pelo mercado, devido à aceleração da inflação e deterioração do cenário fiscal brasileiro. Com isso, os investidores aguardam o comunicado do Banco Central, que deve indicar os próximos passos da autoridade monetária.

Lá fora, as atenções estão voltadas para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). As apostas são de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros no atual patamar entre 4,25% e 4,50%.

Com isso, o mercado acompanha a coletiva de Jerome Powell. O presidente do Federal Reserve deve dar mais pistas de qual será o futuro de juros nos EUA, quem vem sendo pressionado pelas medidas protecionistas de Donald Trump.

2- BC do Japão mantém taxa de juros e alerta sobre os riscos das tarifas de Trump

Banco do Japão manteve a taxa de juros e alertou sobre o aumento da incerteza econômica global, sugerindo que novos aumentos nos custos dos empréstimos dependerão, em grande parte, das consequências das tarifas potencialmente mais altas dos Estados Unidos.

No entanto, o presidente do banco central, Kazuo Ueda, também disse que o aumento dos custos dos alimentos e o crescimento mais forte do que o esperado dos salários podem elevar a inflação subjacente, destacando a atenção do banco para as crescentes pressões internas sobre os preços.

“As condições salariais e de preços do Japão estão no caminho certo, possivelmente mais fortes do que o esperado. Mas as perspectivas incertas dos EUA e do mundo tornam difícil avaliar o possível impacto sobre a economia japonesa”, disse Ueda em uma coletiva de imprensa.

3 – Putin mantém ofensiva, mas aceita negociar cessar-fogo marítimo

Vladimir Putin segue inflexível sobre um cessar-fogo total na guerra contra a Ucrânia, mas concordou em limitar ataques à infraestrutura energética do país. Com isso, EUA e Rússia iniciam negociações para uma trégua no Mar Negro, onde a Ucrânia obteve vitórias estratégicas contra a frota russa.

No entanto, Putin impôs condições que enfraquecem a defesa ucraniana, como o bloqueio do envio de armas e a suspensão de novos recrutas. Críticos veem a proposta como um ganho de tempo para Moscou se rearmar, enquanto Kiev teme que seja o primeiro passo para sua capitulação.

Atesar da trégua, Rússia e Ucrânia reportaram ataques aéreos na madrugada desta quarta-feira.

No curto prazo, Matheus Spiess, analista da Empiricus Reserach, avalia que a possibilidade de uma resolução alivia tensões geopolíticas e pressiona para baixo os preços do petróleo. Mas, a longo prazo, congelar o conflito nessas condições pode fortalecer a Rússia, consolidando suas conquistas territoriais e permitindo que se prepare para novos avanços — um desfecho que pode dar a Putin exatamente o que ele queria desde o início.

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4 – Haddad tem apenas 10% de aprovação do mercado financeiro

A aprovação do mercado financeiro ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já chegou a 65% no melhor momento do atual governo, despencou para 10% conforme a mais recente pesquisa Genial/Quaest.

Realizada entre os dias 12 e 17 de março, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro, a pesquisa mostrou que 58% dos participantes consideraram o trabalho de Haddad negativo, contra 24% em dezembro. Outros 32% avaliaram como regular, ante 35% da pesquisa anterior. A aprovação do ministro era de 41% em dezembro e de 65% em julho de 2023  na metade do primeiro ano do governo Lula.

O mercado financeiro também avalia, conforme a pesquisa, que Haddad perdeu força ao longo do tempo. Oitenta e cinco por cento dos pesquisados em março acreditam que a força do ministro está menor, contra 61% em dezembro do ano passado. Apenas 1% dos pesquisados acreditam que o ministro está mais forte agora, ante 4% no levantamento anterior. A avaliação de que a força do ministro está igual abarcou 14% em março, ante 35% em dezembro.

Para 93% dos entrevistados, a política econômica do governo está na direção errada e 92% consideram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal responsável por isso.

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5- Telefônica Brasil (VIVT3) anuncia compra da i2GO por R$ 80 milhões

Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, informou ao mercado a compra da i2GO, a marca de acessórios para smartphones e eletrônicos pertencente a Samauma, visando fortalecer a participação da companhia neste segmento.

O valor da transação é de R$ 80 milhões, condicionado ao atingimento de métricas operacionais e financeiras acordadas, não especificadas no documento enviado ao mercado na terça-feira (18).

Fundada em 2012, a Samauma está conta com mais de 20 mil pontos de venda no Brasil e alcançou faturamento bruto em 2024 de mais de R$ 65 milhões, diz o comunicado. A Telefônica já conta com a marca própria OVVI no mercado de acessórios para dispositivos eletrônicos.

*Com informações de Reuters

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