Bitcoin a US$ 75 mil? Especialista explica cenário de alta volatilidade

A volatilidade voltou a marcar o mercado financeiro global, com criptoativos e ações enfrentando oscilações expressivas, para o Bitcoin não foi diferente. Em entrevista ao programa Pre-Market, Guilherme Jeres, da Nelogica, destacou que a incerteza veio para ficar, impulsionada por fatores como inflação, decisão de juros e o aumento da tensão geopolítica no cenário internacional.

Criptoativos e o impacto da inflação

O mercado de criptoativos teve uma movimentação brusca após o anúncio de que os Estados Unidos teriam reservas em criptoativos, feito pelo ex-presidente Donald Trump. Inicialmente, o Bitcoin disparou 20%, mas sofreu uma correção de mais de 17% em apenas cinco dias, caindo abaixo dos US$ 90 mil e perdendo um suporte importante.

Segundo Jeres, a média móvel de 200 períodos, que representa um indicador relevante para análise técnica, foi rompida, e a próxima região de suporte no gráfico diário do Bitcoin se encontra na faixa dos US$ 83 mil, podendo descer até US$ 75 mil se a pressão vendedora persistir.

Juros e geopolítica elevam a volatilidade do Bitcoin

Além das oscilações no Bitcoin e nos demais criptoativos, o especialista apontou que o cenário macroeconômico contribui para o aumento da volatilidade. Entre os principais fatores estão:

  • Inflação nos EUA e no Brasil: Dados recentes indicam uma pressão inflacionária que pode impactar as próximas decisões de política monetária.
  • Decisão de juros do Banco Central: O mercado aguarda a definição da taxa Selic na próxima semana, o que pode influenciar os investimentos no Brasil.
  • Investimento bilionário na Europa: A Comissão Europeia aprovou um pacote de € 800 bilhões para rearmamento da zona do euro, ampliando os receios de escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia.
  • Impacto de Donald Trump no mercado: Com a volta do ex-presidente à disputa política, suas declarações e medidas voltadas à economia americana geram impactos diretos nas bolsas e em ativos digitais.

Big Techs também registram quedas

Jeres também ressaltou que, além do Bitcoin, as big techs norte-americanas estão sofrendo com o ambiente de incerteza. No acumulado do ano, Meta (Facebook) foi a única empresa do setor que conseguiu evitar perdas significativas, enquanto outras gigantes da tecnologia enfrentam quedas expressivas no mercado.

Assista a entrevista na íntegra

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