Becoming Led Zeppelin: como a banda que reinventou o rock também revolucionou o marketing

Becoming Led Zeppelin

O documentário “Becoming Led Zeppelin” chega às telas IMAX no dia 27 de fevereiro, oferecendo uma imersão na trajetória de uma das bandas mais influentes de todos os tempos. Dirigido por Bernard MacMahon, o filme promete imagens inéditas, entrevistas raras e performances que ajudaram a contar a história de um grupo que não só redefiniu o rock, mas também transformou o mercado musical com estratégias inovadoras de marketing e distribuição.

Led Zeppelin como um case de marketing

O Led não se tornou um fenômeno “apenas” pela música. Suas decisões estratégicas ajudaram a moldar o comportamento da indústria fonográfica e do entretenimento ao vivo. Diferente de bandas que dependiam de rádios e singles para se promover, o Zeppelin apostou em um posicionamento mais exclusivo e quase inacessível.

(01) O conceito de álbum como produto premium: em uma época em que a indústria girava em torno de singles, a banda se recusou a lançar faixas individuais para o rádio e fez com as gravadoras venderem seus discos na íntegra. Essa estratégia impulsionou as vendas de álbuns completos e criou um modelo seguido posteriormente por artistas como Pink Floyd e, décadas depois, a Beyoncé, por exemplo.

(02) Turnês como espetáculo de alto valor: foi um dos primeiros grupos a transformar shows em grandes eventos, priorizando arenas e estádios ao invés de clubes pequenos. Essa estratégia aumentava a receita por apresentação e gerava um efeito de escassez, tornando cada show um acontecimento para o entorno. O modelo influenciou toda a indústria do entretenimento ao vivo e continua sendo seguido por artistas como U2 e Taylor Swift.

(03) Controle rígido da imagem e narrativa: a banda evitava aparições na TV, entrevistas e exposição excessiva na mídia, criando um ar de mistério que aumentava o desejo do público. Esse tipo de estratégia, foi mais tarde adotada por diversos artistas. Um dos primeiros exemplos de branding voltado para o culto à exclusividade.

(04) Merchandising e licenciamento: antes do Led Zeppelin, o conceito de merchandising musical ainda estava engatinhando (os Beatles deram os primeiros passos importantes, claro). A banda percebeu o potencial de criar produtos de alta qualidade e vender itens exclusivos nos shows, estabelecendo um novo padrão para o setor. Hoje, esse modelo se expandiu para colaborações com marcas de moda, como as parcerias do Zeppelin com a Vans (baita coleção, aliás) e a Urban Outfitters.

O impacto do lançamento no mercado de entretenimento

O lançamento de “Becoming Led Zeppelin” em IMAX não é apenas um presente para os fãs, mas um movimento estratégico que reforça a experiência cinematográfica como um evento. O sucesso recente de documentários musicais como “Taylor Swift: The Eras Tour” e “Renaissance: A Film by Beyoncé” mostrou que há um público fiel disposto a pagar por esse tipo de experiência—e que o impacto vai muito além da bilheteria. Mesmo sendo estilos tão diferentes.

Lançamentos como esse geram picos de streaming e, por incrível que pareça, vendas físicas. No caso do Queen, o filme “Bohemian Rhapsody” (de 2018) aumentou em mais de 50% os plays da banda nas plataformas digitais. O mesmo pode acontecer com o Zeppelin, atraindo novas gerações para seu catálogo. Algo que a cultura-pop e as trends do Tik Tok têm feito com primor para as bandas.

Com a revitalização do interesse na banda, coleções de merchandising e colaborações de moda tendem a se beneficiar. Grandes marcas e grifes de luxo frequentemente capitalizam esses momentos para lançar coleções inspiradas em ícones musicais.

O estabelecimento e fortalecimento do cinema como plataforma para a música

O mercado de exibição tradicional enfrenta desafios com a ascensão do streaming, mas documentários musicais e filmes-concerto (shows) estão se tornando uma nova forma de atrair público para as salas de cinema. O formato IMAX, por sua vez, eleva a experiência e cria uma sensação de exclusividade que impacta diretamente a venda de ingressos e a percepção de valor do conteúdo. Principalmente para os fandoms.

No Brasil, onde o rock clássico mantém uma base fiel de fãs e o mercado de entretenimento ao vivo está em ascensão, a chegada de “Becoming Led Zeppelin” busca mais do que nostalgia: lembra como a banda não apenas reinventou o rock, mas também ajudou a transformar a música em um grande negócio.

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