Sem citar nomes, Afonso Nigro critica rádios brasileiras por “monopólio” de gêneros musicais

Em vídeo, Afonso Nigro critica momento musical nas rádios do Brasil
Reprodução/Twitter

O cantor Afonso Nigro, ex-Dominó, compartilhou com seus seguidores uma reflexão sobre o atual momento da música brasileira, criticando o fato de que as rádios no Brasil não abraçam a diversidade musical.

Através de um vídeo publicado em suas redes sociais, Nigro comparou o Brasil com outros países ao falar sobre a pluralidade musical presente em outras partes do mundo, em que estilos como rock, country, pop, eletrônico, rap, metal, reggae são valorizados nas rádios.

Em seu vídeo, Afonso desafiou o público brasileiro a refletir sobre a liberdade de escolha no consumo de música e questiona os meios que acabam definindo o gosto musical no país:

“Aí corta para o Brasil. Nosso cenário musical atual. Vivemos num sistema que basicamente obriga a gente a ouvir dois tipos de música. São estilos que se conectam com muita gente e eu respeito isso. Mas o meu ponto é: por que os outros estilos de maneira geral e de maneira escalada, sistêmica, não conseguem chegar mais até a gente?

Nigro ainda citou as “tais fazendas de cliques”, que são fraudes virtuais que fabricam visualizações e reproduções de forma artificial, alavancando assim, de forma ilegal, músicas nas paradas. Ele refletiu: “Por que não temos novos Cazuzas, Renatos, Miltons, Djavans? Ou será que temos e eles não acontecem porque? O sistema não deixa? Porque público tem…”

O empresário ainda deixou claro que sua opinião é independente de seu gosto musical, e sim apenas uma “constatação factual”. Finalizando em tom de crítica a estilos musicais que preferiu não citar, ele disse:

Mas é claro que também tem artistas que se apoiam em letras chulas, melodias, harmonias limitadas e, como bem disse o filósofo Yuri Mocellin, num corte desses que chegam até a gente, ‘música é padrão vibracional puro’. Aí a gente precisa se perguntar: em que estado vibracional estamos nos colocando? Porque a música que escutamos, como ele reforçou e eu concordo, vai determinando, vai moldando na gente, na cultura em geral, a qualidade do que é belo, do que é bom.

Então, a provocação que eu faço pra você é: você escolhe a música que você escuta ou escolhem pra você? E aí você é obrigado a consumir aquilo que está disponível na prateleira.”

Afonso Nigro

Afonso Nigro iniciou sua carreira no meio artístico como ator aos 8 anos e, aos 14, entrou para a famosa boyband Dominó, na qual permaneceu durante oito anos. Nesse período, Nigro e seus companheiros receberam seis discos de ouro e quatro de platina.

Aos 22 anos, Afonso lançou seu primeiro disco solo Talvez Seja Amor, o que lhe rendeu mais um disco de ouro e na versão em espanhol Puedo Ser, lançado em 12 países, que conquistou o 4º lugar na Billboard Latina.

Atualmente, o músico está à frente da NIGRO Entretenimento, empresa especializada em eventos sociais e corporativos, que além de oferecer seus shows solo, convida ao palco grandes cantores do cenário nacional.

O post Sem citar nomes, Afonso Nigro critica rádios brasileiras por “monopólio” de gêneros musicais apareceu primeiro em TMDQA!.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.