Money Report: inteligência artificial e finanças mudam o jogo

Money Report: inteligência artificial e finanças mudam o jogo

O avanço da inteligência artificial, das fintechs e do mercado imobiliário está provocando mudanças profundas na forma como empresas operam e como as pessoas lidam com o dinheiro. Durante o programa Money Report, especialistas discutiram como essas inovações estão impactando setores estratégicos e criando novas oportunidades de negócio.

Cash Bank aposta em crédito sem juros para trabalhadores

Marcelo Ramos, empreendedor e fundador da fintech Cash Bank, anunciou a criação de um banco voltado para colaboradores. O objetivo é oferecer acesso ao crédito com juros reduzidos ou zerados, substituindo taxas bancárias tradicionais por um sistema de recompensas.

“Funcionários frequentemente recorrem a empréstimos com altas taxas para cobrir despesas imprevistas. Criamos um modelo onde os juros são convertidos em benefícios, reduzindo o impacto no orçamento familiar”, explicou Ramos. Segundo ele, a fintech busca criar um ecossistema financeiro sustentável, em que empresas e trabalhadores saiam ganhando.

GRSA e a integração cultural no Grupo GPS

Jorge Cordenonsi, líder de tecnologia da GRSA, abordou os desafios da integração da empresa ao Grupo GPS, após a aquisição da multinacional inglesa Compass. A adaptação à nova estrutura organizacional exigiu mudanças nos processos internos e um foco maior na cultura corporativa.

“A transição não envolve apenas a unificação de sistemas e processos, mas principalmente a integração de equipes e valores. Esse alinhamento é essencial para manter a eficiência operacional”, afirmou Cordenonsi. Com 23 mil funcionários absorvidos pelo novo grupo, a companhia precisou reformular sua estrutura para garantir produtividade e competitividade.

Setor imobiliário corporativo se adapta ao pós-pandemia

Leila Jacy, da Tishman Speyer, destacou que, apesar das previsões de que o trabalho remoto eliminaria a demanda por escritórios físicos, o mercado imobiliário corporativo segue forte. Empresas estão redesenhando os espaços de trabalho para oferecer mais do que apenas mesas e salas de reunião.

“O escritório passou a ser um local de experiência. Serviços como cafés, restaurantes e espaços de convivência se tornaram essenciais para fortalecer a cultura empresarial e incentivar a colaboração”, explicou Jacy. A empresa investe em hubs de serviços, garantindo que os escritórios sejam mais do que apenas um ambiente de trabalho.

A ascensão da Inteligência Artificial e o impacto no mercado de trabalho

O uso de inteligência artificial (IA) já está substituindo funções repetitivas em diversas áreas. Cordenonsi explicou que muitas empresas deixaram de contratar para setores operacionais, já que robôs e algoritmos conseguem executar tarefas antes desempenhadas por humanos.

“A IA não trabalha sozinha, ela depende de dados. Profissões como engenheiro de prompt estão surgindo para aprimorar a forma como interagimos com sistemas inteligentes”, disse Cordenonsi. Segundo ele, o grande desafio será desenvolver habilidades analíticas para que os profissionais possam atuar em um mundo cada vez mais automatizado.

Empreendedorismo e inovação impulsionam novas soluções

A busca por modelos disruptivos no mercado financeiro e corporativo foi um tema recorrente na conversa. Ramos citou sua experiência na criação da Suai Benefícios, primeiro sistema de benefícios flexíveis no Brasil, que eliminou taxas abusivas de vales tradicionais ao integrar sua solução a cartões de bandeira internacional.

“Disrupção nasce de uma dor. Identificamos um problema e criamos uma solução que mudasse o mercado. O mesmo pensamento está por trás do Cash Bank”, destacou Ramos.

Cordenonsi ressaltou que empresas que adotam inovação aberta e colaboração com startups têm vantagem competitiva. “Organizações que integram novas tecnologias aos seus processos conseguem se adaptar mais rápido às mudanças de mercado”, explicou.

O futuro da economia: dados, IA e novos modelos de negócio

A crescente integração de big data com inteligência artificial está acelerando a forma como as empresas tomam decisões estratégicas. A análise preditiva permite que negócios antecipem tendências e ofereçam produtos e serviços personalizados.

“Empresas precisam olhar para os dados e entender como utilizá-los para melhorar a experiência do consumidor”, afirmou Jacy. Segundo ela, a combinação de IA e análise de dados será essencial para a competitividade no mercado global.

A revolução digital já está em andamento, e negócios que não se adaptarem às novas dinâmicas tecnológicas correm o risco de ficar para trás. O caminho para o futuro passa pela adoção de novas ferramentas, reestruturação de modelos de trabalho e fortalecimento do pensamento analítico.

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