
Levantamento, realizado pela Serasa com 1.666 mulheres da Geração Z (nascidas entre 1996 e 2007), mostra que 24% utilizam IA para organizar gastos, 15% já recorrem à tecnologia para conseguir renda extra e 11% buscam apoio na IA para direcionar investimentos.
Apesar desses avanços, apenas 27% das mulheres até 29 anos afirmam confiar na IA para gerenciar suas finanças pessoais – índice inferior ao dos homens da mesma faixa etária, que chega a 34%.
A diferença, ainda que pequena, reforça um desafio estrutural: tornar a tecnologia mais próxima, acessível e confiável para as mulheres, que historicamente enfrentam mais barreiras na área.
Desigualdade de gênero e potencial de crescimento
O estudo também destaca que apenas 39% dos homens jovens não usam IA para organizar finanças, 11 pontos percentuais acima do grupo feminino, mostrando que as mulheres estão mais abertas a experimentar novas ferramentas digitais.
“O potencial da tecnologia ainda não é plenamente explorado pelas jovens brasileiras por falta de referências, incentivos ou informações acessíveis”, avalia Lia Bandeira, líder de Data Science e Inteligência Artificial da Serasa.
Mesmo assim, quase metade das mulheres da Geração Z (48%) já enxerga a IA como uma aliada para o futuro financeiro, enquanto entre os homens esse número sobe para 58%.
Segundo a Serasa, o caminho para ampliar o acesso passa pela educação digital, promoção de referências femininas e incentivo ao uso consciente da tecnologia financeira.
Para Lia Bandeira, desenvolver uma relação saudável com o dinheiro desde cedo é essencial para o sucesso financeiro no futuro.
Dicas para começar a usar IA nas finanças
Para ajudar as jovens a darem os primeiros passos no uso da IA para as finanças pessoais, a Serasa recomenda: optar por aplicativos confiáveis, utilizar a IA como apoio (e não substituto) nas decisões financeiras, buscar conhecimento contínuo e começar por controles simples de gastos ou metas de economia.
“A organização financeira pode ser feita com aplicativos de IA ou de forma tradicional. O mais importante é que faça parte da rotina. Quanto antes começar, melhor será a trajetória financeira, com ou sem tecnologia”, reforça Lia.
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