
Desde o início de 2022, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retomou a exigência de atualização do Cadastro Único (CadÚnico) como critério para a manutenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essa medida, que havia sido suspensa durante a pandemia, voltou a ser aplicada em 2025, afetando milhares de brasileiros. O CadÚnico é essencial para identificar famílias de baixa renda e garantir que os benefícios sociais sejam direcionados aos que realmente necessitam.
O BPC é um auxílio fundamental para muitos brasileiros, especialmente idosos e pessoas com deficiência. Com a retomada das regras rígidas, o INSS intensificou o cruzamento de dados para assegurar que apenas aqueles que atendem aos critérios recebam o benefício. Essa mudança trouxe consequências significativas, como a suspensão automática dos pagamentos para aqueles com cadastros desatualizados há mais de dois anos.
Quais são as regras restabelecidas pós-pandemia?
Durante a pandemia de Covid-19, o governo flexibilizou temporariamente a exigência de atualização do CadÚnico para não comprometer a renda das famílias. Com o fim dessa flexibilização, o INSS voltou a exigir o cumprimento rigoroso das regras. Isso significa que os beneficiários do BPC precisam atualizar seus dados no CadÚnico a cada 24 meses para evitar a suspensão do benefício.
A suspensão do BPC afeta principalmente idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que possuem renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo. Para muitos, o benefício representa uma fonte essencial de renda, e sua interrupção pode ter um impacto devastador.
Como evitar a suspensão do BPC?
Para evitar a suspensão do BPC, é crucial que os beneficiários mantenham seus dados atualizados no CadÚnico. O processo de atualização envolve algumas etapas importantes:
- Visitar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
- Levar documentos como identidade, CPF de todos os membros da família e comprovante de residência.
- Solicitar a transmissão imediata dos dados atualizados ao sistema.
Após a atualização, é necessário acompanhar o status do benefício através do portal Meu INSS ou pelo telefone 135. Esses canais permitem verificar pendências e garantir que o benefício seja reativado rapidamente.

O que acontece se o Cadastro não for regularizado?
Se o cadastro não for atualizado, o INSS pode identificar a ausência de informações com o código 48, resultando na suspensão automática do pagamento. Essa suspensão pode ser revertida rapidamente com a atualização dos dados, mas se não for regularizada, pode levar à cessação definitiva do benefício, exigindo um novo pedido de concessão.
Os CRAS enfrentam desafios significativos, como filas longas e falta de infraestrutura, especialmente em grandes centros urbanos e regiões rurais. A transmissão de dados também pode ser problemática, com informações erradas ou incompletas gerando pendências que atrasam a regularização.
Quais são os caminhos possíveis para melhorar o processo?
Para melhorar o processo de atualização do CadÚnico e evitar a suspensão do BPC, algumas iniciativas estão em andamento. Entre elas, a atualização digital do CadÚnico via aplicativo Meu INSS e parcerias entre prefeituras e o INSS para levar atendimento a locais mais afastados.
Especialistas recomendam que os beneficiários atualizem o CadÚnico mesmo sem notificação do INSS, mantenham os dados dos membros da família sempre atualizados e façam verificações frequentes no Meu INSS. Procurar ajuda jurídica em caso de cessação injusta também é aconselhável.
Em suma, manter o CadÚnico atualizado é essencial para garantir a continuidade do BPC, um direito fundamental para muitos brasileiros. Apesar dos desafios, a informação clara e o acompanhamento constante são aliados importantes para aqueles que dependem desse benefício.
O post BPC será suspenso em 2025 para quem não atualizar o CadÚnico a tempo apareceu primeiro em BM&C NEWS.