Crescimento econômico do Brasil foi maior sob governos de esquerda, aponta levantamento

Levantamento do site Brasil em Mapas sobre o crescimento do PIB brasileiro entre 1990 e 2024 mostra que governos de esquerda à centro-esquerda tiveram um desempenho econômico superior aos da direita à centro-direita.

Baseado em dados do IBGE e do Banco Central, o levantamento aponta que o crescimento acumulado do país no período de 1990 a 2024 foi de 76,5%, mas com diferenças significativas entre os grupos políticos.

Os dados mostram que governos de esquerda e centro-esquerda apresentaram um crescimento acumulado de 45,2%, com uma média de 3,0% ao ano ao longo dos anos que esteve no poder.

Já os governos de direita e centro-direita tiveram um crescimento menor, de 31,3%, com uma média anual de 1,5%, ao longo de seus governos.

O estudo também aponta que a média de crescimento anual do Brasil desde 1990 é de 2,6%. No entanto, houve grandes variações entre os presidentes, com períodos de forte expansão econômica e momentos de recessão.

Melhores e piores desempenhos presidenciais

Entre os presidentes, o maior crescimento econômico foi registrado no segundo mandato de Lula (2007-2010), com 18,56% de avanço no PIB. Outros governos com bons resultados foram os de FHC (1995-1998 e 1999-2002) e o primeiro mandato de Lula (2003-2006).

Já o pior desempenho ficou com Fernando Collor (1990-1992), que registrou uma queda de 3,86% no PIB devido à grave crise econômica e ao confisco da poupança, medidas que afetaram fortemente a economia do país.

Outro desempenho negativo ocorreu no mandato de Dilma Rousseff (2015-2016), com um recuo médio de -3,5% ao ano, refletindo a recessão econômica e a instabilidade política que levaram ao seu impeachment.

Os dados consideram os impactos de crises econômicas em diferentes períodos, incluindo a recessão global de 2008, a crise política de 2015-2016 e os efeitos da pandemia de Covid-19 em 2020.

Além disso, os números de 2023 e 2024 foram ajustados para considerar o cenário econômico recente, marcado por desafios como inflação global, juros altos e instabilidade política.

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