MP vai apurar possíveis falhas em presídio após morte de suspeito de estupro no Acre


Adriano Ferreira da Silva, de 43 anos, foi espancado por outros detentos na noite de quinta-feira (27), no Complexo Penitenciário da capital, e levado a um hospital, onde morreu já na sexta (28). A 14ª Promotoria Criminal pediu informações ao Iapen-AC, além de perícias e depoimentos de testemunhas. Adriano Ferreira da Silva, de 43 anos, estava preso preventivamente por estupro de vulnerável
Arquivo pessoal
O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou notícia de fato para apurar a morte de Adriano Ferreira da Silva, de 43 anos, suspeito de estuprar uma adolescente de 13 com transtorno do espectro autista (TEA) no abrigo do Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. Ele morreu em um hospital nessa sexta-feira (28), após ser espancado em uma cela do Complexo Penitenciário.
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Conforme o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), Adriano foi levado ao hospital na noite de sexta-feira (27) e não resistiu aos ferimentos.
Com o procedimento, o órgão busca apurar possíveis falhas ou omissões durante o período em que o suspeito ficou preso, e que podem ter contribuído para a agressão que causou sua morte.
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Para isso, a 14ª Promotoria Criminal vai pedir perícias, depoimentos de testemunhas, além de documentos e arquivos de mídia sobre o caso.
“Entre as informações requeridas estão o protocolo adotado no ingresso do homem no sistema prisional, considerando a natureza do crime pelo qual ele estava preso, as imagens do circuito interno”, informou.
Prisão
Ele foi preso em flagrante na quarta-feira (26) após ser apontado por familiares da vítima como autor estupro contra a menina no abrigo destinado a famílias afetadas pela cheia do Rio Acre. A prisão preventiva de Adriano havia sido decretada pela Justiça ainda na quinta.
Silva era natural de Boca do Acre, no interior do Amazonas, e tinha cinco filhos. Ele também tinha passagens pela polícia.
Em depoimento, ele negou o estupro. Entretanto, a Vara Estadual do Juiz das Garantias considerou que havia indícios suficientes para mantê-lo preso preventivamente, como o depoimento da vítima e de familiares dela que flagraram o suspeito despido com a adolescente dentro do box.
Caso ocorreu no Parque de Exposições Wildy Viana, dentro da tenda onde a família da vítima está instalada
Aline Pontes/Rede Amazônica Acre
De acordo com o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), a família saiu do boxe onde estão instalados para refeitório do abrigo, onde era servido o jantar, e a vítima ficou com a avó. Pouco tempo depois, notaram a ausência da menina e foram procurá-la.
Foi então que testemunhas indicaram à família que viram o suspeito puxar a menina pela mão em direção às tendas. Eles foram até a tenda da família e flagraram o suspeito e a vítima, despidos.
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