Títulos IPCA+ a 8% e tarifas de Trump: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

A última semana foi marcada por diversas publicações de dados importantes, a começar pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a qual sinalizou que as próximas elevações na taxa Selic serão menores que as anteriores.

Ainda por aqui, o mercado também recebeu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em março, o dado subiu 0,64%, indicando uma desaceleração em relação à alta de 1,23% apurada em fevereiro.

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Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte abertura ao logo da curva. As taxas de juro real tiveram alta, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 8%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LFT 2028 e 2030, com 0,21%, e a maior variação negativa ficou com LTN 2030, com 0,55%.

Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em queda. O índice IDEX-DI fechou em 2,02%, contra os 2,07% da semana anterior.

Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 631 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 1,1 bilhão em debêntures incentivadas, R$ 288 milhões em CRIs e R$ 301 milhões em CRAs.

O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 foi mantida em 5,65% no Boletim Focus desta segunda-feira (31).

Além disso, tem a divulgação do Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br) e de outros indicadores estatísticos, como: Estatísticas Fiscais, ​Estatísticas Bancárias Internacionais (EBI) e Estatísticas de Títulos de Dívida.

Iniciando abril, na terça-feira (1º) o mercado recebe dados do PMI Industrial, enquanto na quarta-feira (2), é a vez de Produção Industrial movimentar a manhã. Na quinta-feira (3), a agenda conta com os PMI’s do Setor de Serviços e Composto, além do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp).

Finalizando a semana, serão divulgados dados de Balança Comercial, Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) na sexta-feira (4).

Na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como Balança Comercial, Payroll, Ofertas de Emprego JOLTS, Índice ADP de Variação de Empregos Privados, Demissões Anunciadas Challenger e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.

Para além dos dados, no dia 2 de abril, o mercado aguarda mais tarifas que serão anunciadas em um evento que está sendo chamado pelo presidente Donald Trump de “o dia da Libertação” dos EUA.

*Com Vitória Pitanga 

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