Advogado é nomeado diretor de engenharia do Porto de Itajaí e gera polêmica; Jorginho Mello fala de avanços na Fiesc

Em 18 de março de 2025, o advogado André Leme da Silva Fleury Bonini assumiu o cargo de diretor-geral de engenharia do Porto de Itajaí, posição tradicionalmente ocupada por profissionais com formação em engenharia. O Porto de Itajaí, federalizado no final de 2024 e sob a gestão da Autoridade Portuária de Santos (APS) desde o início de 2025, teve Bonini nomeado para o posto após a escolha de João Paulo Tavares Bastos Gama, também advogado, para a superintendência.

A nomeação gerou polêmica, especialmente entre entidades da área de engenharia. O presidente do CREA-SC, Kita Xavier, se manifestou publicamente contra a decisão, destacando a necessidade de que cargos técnicos, como o de diretor de engenharia, sejam ocupados por profissionais com a formação adequada. “Este cargo exige conhecimento especializado, e a nomeação de um advogado para a função desrespeita não apenas os profissionais da área, mas também a sociedade catarinense”, declarou Xavier.

A Lei Complementar nº 366 de 2019 determina que a Diretoria-Geral de Engenharia do Porto de Itajaí seja ocupada por profissionais habilitados, cuja atuação inclui a emissão de pareceres técnicos. Além disso, a Lei nº 5.194 de 1966 estabelece que atividades relacionadas à engenharia, incluindo a gestão de entidades públicas, devem ser exercidas por profissionais da área.

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs) têm reiterado sua posição contra nomeações para funções técnicas sem a qualificação necessária, adotando medidas legais quando necessário para garantir o cumprimento das normas estabelecidas.

Jorginho Mello destaca avanços em Santa Catarina em palestra na Fiesc

O governador Jorginho Mello apresentou, nesta sexta-feira (28), a palestra Gestão Pública Levada a Sério na Fiesc, abordando os avanços de Santa Catarina em sua gestão. Mello destacou a capacidade do estado de “fazer mais com menos” e o esforço em reduzir gastos, melhorar a infraestrutura e investir em áreas carentes, como logística e saúde. Ele também mencionou a criação da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias e o programa Estrada Boa para melhorar rodovias.

Roberto Zacarias / SECOM

Ao detalhar a situação financeira inicial do governo, Jorginho Mello ressaltou o que chama de “rombo de R$ 2,8 bilhões e os problemas encontrados, como obras paralisadas e hospitais precários”. No entanto, afirmou que Santa Catarina vive agora uma “nova realidade”, com contas públicas equilibradas, após a economia de R$ 1 bilhão e a implementação do programa Recupera Mais.

O presidente da Fiesc, Mario Cezar Aguiar, elogiou as ações estruturantes do governo, como melhorias nas rodovias e no acesso ao Porto de Babitonga, além de avanços em saúde, segurança e infraestrutura. O governador também destacou investimentos históricos na saúde (R$ 8 bilhões em 2024) e ações no sistema prisional, energia, saneamento e agricultura.

Na área da educação, Jorginho Mello destacou programas como o Catarinense Técnico e a criação de até 70 mil vagas no Universidade Gratuita até 2026.

*Com informações Secom SC

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