Supernovas podem ter causado extinções no planeta Terra

As supernovas, explosões termonucleares de estrelas gigantescas, são eventos cósmicos de imensa energia que podem ter desempenhado um papel significativo em extinções em massa na Terra. Esta teoria foi recentemente explorada por uma equipe de pesquisadores que analisou a taxa de supernovas próximas ao nosso planeta nos últimos bilhões de anos. A pesquisa sugere que essas explosões estelares podem ter contribuído para pelo menos uma, possivelmente duas, das grandes extinções em massa na história da Terra.

Os cientistas utilizaram dados do telescópio espacial Gaia para estudar estrelas massivas do tipo O e B, que têm vidas relativamente curtas. Os cálculos indicaram que, em média, 2,5 supernovas podem afetar a Terra a cada bilhão de anos. Essa frequência é menor do que se pensava anteriormente, o que levou os pesquisadores a reconsiderar o impacto potencial dessas explosões nas extinções em massa.

Como as Supernovas Podem Influenciar a Vida na Terra?

Supernovas são conhecidas por liberar elementos químicos pesados no meio interestelar, que são fundamentais para a formação de novas estrelas e planetas. No entanto, se uma supernova ocorrer perto da Terra, os efeitos podem ser devastadores. A radiação intensa e a liberação de partículas energéticas podem danificar a camada de ozônio do planeta, expondo a superfície a níveis perigosos de radiação ultravioleta.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que uma supernova poderia ter sido um fator no evento de extinção do Devoniano Tardio, há cerca de 372 milhões de anos, e no final do Ordoviciano Tardio, há aproximadamente 445 milhões de anos. Durante esses períodos, a vida na Terra sofreu perdas significativas, com muitas espécies marinhas e terrestres sendo eliminadas.

Nebulosa – Créditos: depositphotos.com / gergitek

Quais Evidências Sustentam Esta Teoria?

Embora a teoria das supernovas como causadoras de extinções em massa seja intrigante, ainda falta evidência direta para sustentá-la. Os cientistas sugerem que elementos exóticos, como o ferro-60, que são produzidos em supernovas, poderiam servir como marcadores no registro geológico. No entanto, até o momento, tais evidências não foram encontradas em quantidades significativas.

O caso mais conhecido de um evento celestial causando uma extinção em massa é o impacto de um asteroide que levou à extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. A descoberta de uma camada de irídio, um elemento raro na Terra, mas comum em meteoritos, foi crucial para comprovar essa teoria. Pesquisadores esperam encontrar um “equivalente ao irídio” para validar a hipótese das supernovas.

O Que o Futuro Reserva para Esta Linha de Pesquisa?

A pesquisa sobre o impacto das supernovas nas extinções em massa ainda está em seus estágios iniciais. Os cientistas estão focados em refinar a cronologia das supernovas e correlacioná-las com eventos de extinção conhecidos. A identificação de elementos específicos no registro sedimentar pode fornecer as provas necessárias para confirmar ou refutar essa teoria.

Apesar das incertezas, a ideia de que eventos cósmicos podem ter moldado a evolução da vida na Terra é uma área de estudo fascinante. À medida que a tecnologia avança e mais dados se tornam disponíveis, os pesquisadores esperam desvendar mais segredos sobre o papel das supernovas na história do nosso planeta.

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