JBS (JBSS3) reporta lucro de R$ 2,412 bilhões no 4T24; Ebitda ajustado mais do que dobra em 2024

A JBS (JBSS3) reportou um lucro líquido de R$ 2,412 bilhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), um crescimento de 2820% na comparação com o mesmo trimestre de 2023 (4T23).

Em 2024, o lucro da companhia totalizou R$ 9,615 bilhões contra um prejuízo de R$ 1,061 bilhão em 2023. O Ebitda ajustado cresceu 127,7% de 2023 para 2024, saindo de R$ 17,146 bilhões para R$ 39,039 bilhões.

No 4T24, a JBS registrou uma receita líquida consolidada de R$116,7 bilhões, um aumento de 21% em relação ao 4T23. No período, cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a JBS atua e 25% por meio de exportações

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No 4T24, o Ebitda ajustado atingiu R$10,8 bilhões, um crescimento anual de 111%, enquanto a margem Ebitda alcançou 9,2%, um aumento de 390 pontos-base em relação ao ano anterior.

A JBS encerrou o ano com R$ 35,6 bilhões em caixa e possui US$3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$ 2,9 bilhões na JBS USA e US$500 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$20,8 bilhões pelo câmbio de fechamento do período.

O cenário para JBS

Em entrevista para discutir os resultados, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, destacou o desempenho do negócio de carne bovina nos EUA da empresa, que ainda enfrenta uma oferta de gado escassa e cara, pressionando as margens onde a empresa obtém a maior parte de sua receita.

“O negócio da carne bovina dos EUA foi muito desafiador, foi mais desafiador do que em 2023 por conta da redução da oferta. Mas mesmo assim o resultado foi melhor do que 2023, o que mostra que conseguimos melhorar operacionalmente um negócio que estava abaixo do potencial”, disse Tomazoni.

O Ebitda dessa divisão foi de 647,1 milhões de reais no último trimestre de 2024, acima dos 488,5 milhões negativos no mesmo período de 2023. As margens ficaram em 1,7%, uma melhora em relação aos -1,6% do quarto trimestre de 2023, mostrou o relatório financeiro.

O CEO citou ainda a Seara, que também tinha desempenho considerado abaixo do potencial, como tendo uma “recuperação impressionante”.

“Foi um grande ‘turnaround’ na Seara”, destacou, ao falar sobre a unidade de processados, de frango e suínos no Brasil.

A Seara registrou margens altas de dois dígitos nos últimos dois trimestres, com o Ebitda ajustado somando R$2,627 bilhões nos últimos três meses de 2024, um aumento de 292% em relação ao ano anterior.

A Pilgrim’s teve o melhor ano da sua história, destacou Tomazoni, com Ebitda ajustado de R$3,8 bilhões.

*Com Reuters

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