Você está sendo monitorado? Como suas informações são coletadas na internet

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A sensação de que nossas atividades online são constantemente monitoradas não é infundada. Ao navegar na internet, interagir em redes sociais ou utilizar aplicativos, uma quantidade significativa de dados pessoais é coletada e utilizada para diversos fins, muitas vezes sem o nosso conhecimento ou consentimento.

Empresas e plataformas digitais empregam diversas técnicas para coletar informações sobre os usuários. Cookies e pixels de rastreamento são amplamente utilizados para monitorar a navegação e personalizar anúncios.

Outra técnica comum é o fingerprinting, que identifica dispositivos e navegadores com base em configurações únicas, dispensando o uso de cookies.

Além disso, a coleta de metadados registra informações sobre como, quando e onde os usuários acessam conteúdos, permitindo traçar perfis comportamentais.

Relatórios recentes da Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, prevê que até 2025, 75% da população mundial terá seus dados pessoais protegidos por regulamentações modernas de privacidade.

No Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) atualizou, em fevereiro de 2025, o Relatório de Acompanhamento da Agenda Regulatória, detalhando o progresso dos projetos de normatização e reforçando o compromisso com a transparência e a proteção dos dados pessoais.

Riscos associados ao monitoramento digital

A coleta indiscriminada de dados pessoais pode trazer consequências preocupantes. A violação de privacidade ocorre quando informações são utilizadas sem o consentimento do usuário, muitas vezes para fins comerciais ou mal-intencionados.

Há também o risco de discriminação e manipulação, pois esses dados podem ser usados para influenciar decisões de compra, preferências políticas e até mesmo oportunidades de emprego.

Outro problema recorrente são os vazamentos de dados, que expõem informações sensíveis devido a falhas de segurança, podendo resultar em fraudes e outros crimes cibernéticos.

Legislação de proteção de dados no Brasil

Para reduzir esses riscos, o Brasil implementou a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2018 e em vigor desde 2020.

A LGPD estabelece diretrizes sobre a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais, garantindo aos cidadãos maior controle sobre suas informações.

Entre os principais pontos da lei, destacam-se a exigência de consentimento explícito para a coleta de dados, o direito dos titulares de acessar, corrigir e solicitar a exclusão de suas informações, além da obrigatoriedade de transparência por parte das empresas.

O relatório atualizado da ANPD destaca que a fiscalização sobre o uso de dados pessoais tem sido ampliada, com medidas mais rígidas para garantir a aplicação da LGPD.

Empresas que violam a legislação podem ser multadas em até 2% do faturamento anual, com um limite de R$ 50 milhões por infração.

Como se proteger no ambiente digital?

Além das proteções legais, os usuários podem adotar medidas para resguardar sua privacidade:

  • Configurar as permissões de privacidade: Ajuste as configurações de privacidade em redes sociais, navegadores e aplicativos para limitar o compartilhamento de informações pessoais.
  • Utilizar navegadores com proteção avançada: Opte por navegadores que bloqueiam rastreadores, como Brave, Firefox com extensões de privacidade ou DuckDuckGo.
  • Evitar aceitar cookies desnecessários: Sempre que acessar um site, recuse cookies opcionais e opte por configurações mais restritivas.
  • Usar redes privadas virtuais (VPNs): VPNs mascaram seu IP e dificultam o rastreamento de sua navegação por terceiros.
  • Criar senhas fortes e utilizar autenticação em dois fatores: Senhas robustas e autenticação dupla reduzem o risco de invasões e acessos não autorizados.
  • Manter softwares e dispositivos atualizados: Atualizações constantes corrigem falhas de segurança e reduzem vulnerabilidades exploráveis por hackers.
  • Evitar compartilhar dados pessoais desnecessários: Sempre questione a necessidade de fornecer informações como CPF, endereço e telefone em cadastros online.
  • Monitorar vazamentos de dados: Serviços como Have I Been Pwned permitem verificar se suas credenciais foram expostas em ataques cibernéticos.

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