Operação policial apreende centenas de ‘brisadeiros’ e ‘doces mágicos’ em São Tomé das Letras


Dez pessoas foram presas. Prefeitura fez alerta aos turistas sobre efeitos destes alimentos. PM apreende centenas de brisadeiros e outros ‘doces mágicos’ em São Tomé das Letras
A Polícia Militar apreendeu centenas de “brisadeiros” e “doces mágicos” e prendeu 10 pessoas em São Tomé das Letras (MG), na noite de sábado (22), em uma operação para conter o comércio ambulante de alimentos adulterados com substâncias alucinógenas.
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Os “doces mágicos” podem conter drogas sintéticas, cogumelos e maconha em sua composição.
Polícia apreende centenas de “brisadeiros” e doces mágicos” em São Tomé das Letras
Polícia Militar/Divulgação
A operação, batizada de “Fake”, envolveu 20 militares e foi feita por toda a cidade. Ao final da ação, a PM apreendeu:
🍪 200 brisadeiros
🍪 70 brownies mágicos
🍪 40 cookies mágicos
🍪70 cogumelos mágicos
🍪15 palhas italianas cannabis
Os presos e o material recolhido foram encaminhados para a delegacia de Três Corações.
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Prefeitura fez alerta
Neste mês, a Prefeitura de São Tomé das Letras divulgou um alerta aos turistas sobre os doces vendidos nas ruas da cidade chamados de “brisadeiros”, “brisamelos”, “brownies mágicos”, “brigaconha” ou “doces mágicos”.
De acordo com a administração municipal, nos dois primeiros meses deste ano, 13 pessoas se queixaram de sintomas como alucinações, diarreias, vômitos, xerostomia (boca seca), palpitações e desconforto no tórax, após consumir os alimentos que poderiam conter substâncias lícitas, como maconha, além de medicamentos psicotrópicos e cogumelos alucinógenos.
De acordo com médico psiquiatra Frederico Garcia, professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o consumo de substâncias alucinógenas em alimentos como doces e bolos representa um risco à saúde, principalmente para quem os consome sem saber o que está ingerindo.
“Quando a gente desencadeia o episódio psicótico induzido pelas drogas, pode ser o primeiro episódio que vai desencadear a esquizofrenia que, se a pessoa não tivesse usado a droga, teria ficado latente para o resto da vida dela”, alertou.
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