Doenças por saneamento inadequado causaram 6,5 mil internações no Amazonas em 2024

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Em 2024, o Amazonas registrou 6.565 internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), representando 1,9% do total nacional.

O estudo “Saneamento é saúde”, realizado pelo Instituto Trata Brasil, destaca como a falta de acesso a infraestrutura básica afeta a saúde da população, principalmente de crianças e idosos.

Os dados apontam que no Amazonas, 5.459 internações foram causadas por doenças de transmissão feco-oral, representando aproximadamente 83% do total de internações por DRSAI.

As condições de saneamento no estado, como o fornecimento de água tratada e a coleta de esgoto, são fatores determinantes no aumento desses casos.

A taxa de incidência no Amazonas foi de 15,3 internações por 10 mil habitantes, um pouco acima da média regional de 14 casos por 10 mil habitantes.

O estado também registrou 563 internações entre a população indígena, destacando a vulnerabilidade de grupos específicos sem acesso completo aos serviços de saneamento.

Em 2023, o Amazonas também registrou 192 óbitos por DRSAI, o que representa 1,7% do total de óbitos por essas doenças no Brasil.

A taxa de mortalidade no Amazonas foi de 4,87 óbitos por 100 mil habitantes, ligeiramente acima da média da região Norte (4,13 óbitos por 100 mil habitantes).

As populações mais afetadas foram as crianças e idosos, com as crianças de até 4 anos representando 20% das internações.

Esse grupo, juntamente com os idosos, enfrenta maior risco devido à vulnerabilidade imunológica e ao acesso limitado a cuidados médicos em áreas mais afastadas.

Na região Norte, 27.200 das 35.400 internações foram causadas por doenças de transmissão feco-oral, enquanto 7.500 internações foram por doenças transmitidas por insetos vetores, como dengue e malária.

Esse cenário reflete um padrão observado em estados com infraestrutura de saneamento em desenvolvimento.

O estudo também ressalta que o avanço no acesso a serviços de saneamento, como a ampliação da cobertura de água tratada e coleta de esgoto, tem mostrado uma redução nas taxas de internações e óbitos por DRSAI em outras partes do Brasil.

No Amazonas, o aumento da cobertura de saneamento é visto como uma medida fundamental para melhorar a saúde pública da região.

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