Histórica revista ‘Manchete’ volta às bancas; relembre quando Laguna foi destaque

O lema “Aconteceu, virou Manchete” ficou na memória de muitos leitores. Símbolo que identificava a revista de Adolpho Bloch, a frase voltou às bancas na quarta-feira, 19, com o retorno de Manchete, agora em formato multimídia – impresso e digital.

Ao longo dos mais de 50 anos em que circulou, a Manchete destacou os mais variados acontecimentos nacionais e internacionais, e dedicou várias páginas para contar e escrever a história do país com fotos que entraram para a memória nacional, sobretudo as do Carnaval.

Marcos Salles, ex-presidente do diário O Dia, encabeça a volta da publicação, que volta com aspecto de ‘boutique’, bimestral em papel couché e venda a R$ 59. Inicialmente, o foco será o Rio. “A ideia é apresentar um Rio de Janeiro que até mesmo muitos cariocas não conhecem”, resumiu, em entrevista à Meio&Mensagem.

Laguna em pauta, ou melhor, em Manchete

Ao longo de 2,5 mil edições por várias Laguna apareceu na revista, fosse por uma carta de um leitor ou por alguma matéria. Grande parte das menções à terra de Anita ocorreu justamente em função da heroína e do envolvimento da cidade no contexto da Revolta Farroupilha [1835-1845], que aqui proclamou a República Juliana em 1839.

Em 1993, Laguna apareceu na revista por ocasião das discussões do movimento O Sul é o meu país, que havia sido fundado um ano antes. Em 1991, foram as histórias místicas que foram destaque em uma reportagem fotográfica sobre as gravações de Ilha das bruxas, minissérie da TV Manchete, gravada por aqui naquele ano.

As praias da cidade também foram alvo de matérias e publicações fotográficas, uma delas foi em 1991.

Em 1985, a revista descreveu Laguna dizendo que “além da parte histórica, uma das grandes atrações é o Farol de Santa Marta, terceiro maior do mundo em potencial, com 29 metros de altura, e que ilumina até 41 quilômetros mar adentro. Laguna tem bons hotéis – sendo dois de categoria internacional –, além de vários restaurantes e bares

Em 1977, a revista ouviu um preocupado prefeito Mário José Remor (então na Arena) para explicar os motivos que levaram a cidade a vender o aeroporto: “Não há de onde tirar esse dinheiro”, disse o prefeito ao correspondente da publicação no município ao falar sobre o déficit financeiro de R$ 40 milhões de cruzeiros no Orçamento da época.

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