Com 11% da área de soja colhida, RS lida com seca e risco de quebra maior, diz Emater

O Rio Grande do Sul colheu até esta quinta-feira 11% da área cultivada com soja, mas tem boa parte da safra 2024/25 em fases críticas, e as perdas de produtividade podem se intensificar em meio ao tempo seco, afirmou a Emater em boletim semanal.

A colheita gaúcha avançou seis pontos percentuais ante a semana passada, para um patamar dentro da média histórica nesta época, mas o Estado tem 41% das lavouras em fase de enchimento de grãos e 7% em floração.

Segundo o órgão de assistência técnica, a falta de chuvas, especialmente nas áreas com menor precipitação registrada em 9 de março, continua prejudicando as plantas em fases críticas, como floração, formação de vagens e enchimento de grãos.

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“A insuficiência de volumes adequados de precipitação preocupa os produtores, uma vez que as perdas podem se intensificar ainda mais”, disse a Emater.

Na semana passada, a Emater fez um corte de cerca de 30% na estimativa da safra do Rio Grande do Sul, que tem sido uma das exceções na safra 2024/25, na qual o Brasil deverá ter uma produção recorde beneficiada por chuvas favoráveis em grande parte do país.

Nas áreas sob estresse hídrico, nos casos mais extremos, observam-se perdas devido à abertura de vagens e debulha, disse a Emater.

Em grande parte do Estado, os rendimentos e a maturação permanecem desuniformes, reflexo da variabilidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo, acrescentou.

Por outro lado, há lavouras que sofreram com o estresse hídrico em janeiro, mas que foram beneficiadas pelas chuvas de fevereiro e início de março, segundo o boletim.

O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de soja do Brasil, mas poderia cair mais no ranking produtivo entre os Estados, dependendo dos números finais de sua colheita.

Milho

A colheita do milho no Estado atingiu 74% da área cultivada. Atualmente, 11% das lavouras estão em fase de maturação, mas o potencial produtivo dessas áreas é inferior ao das lavouras semeadas no início do período recomendado, acrescentou a Emater, citando impactos da seca.

As lavouras semeadas tardiamente, que representam 15% da área cultivada, ainda dependem das condições climáticas para se desenvolverem plenamente, de acordo com o relatório.

O Estado é o principal produtor de milho do Brasil na primeira safra.

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