
O fenômeno está relacionado à chegada de partículas oriundas da fumaça produzida em incêndios florestais. Fumaça de incêndios faz dia virar noite em cidade de MT: ‘Apocalíptica’
Cáceres, a 250 km de Cuiabá começou a tarde desse sábado (14) com o céu encoberto por nuvens e o “dia virou noite”, por volta de 15h. O fenômeno está relacionado à chegada de partículas oriundas da fumaça produzida em incêndios florestais.
A artesã Erika Abe Oliveira Araujo, de 33 anos, conta que levou um susto com o fenômeno, já que no meio da tarde, o céu ficou laranja e momentos depois, escureceu.
“Ficou tudo laranja e depois escureceu. A sensação era apocalíptica, parecia que estava tendo um eclipse solar pois o dia virou noite. Logo em seguida caiu uma chuva fraca, que ajudou a limpar e quando foi por volta de 17h10, o céu estava clareando novamente e o ar ficou melhor para respirar.”, explica.
Ao g1, a bióloga Bruna Paspardelli conta que a sensação era como se fosse um filme de final do mundo e lamenta a situação que o estado enfrenta.
“Infelizmente estamos enfrentando incêndios em todos os lados, no Planalto onde nascem os rios formadores do Pantanal e também na maior planície de inundação do planeta. A sensação é de que é um forte aviso da natureza para termos cautela em nossas ações. Enfrentamos dias com muita dificuldade de respirar devido as fumaças carregada de partículas e materiais pesado.”, conta.
Neste domingo (15), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu diversos alertas amarelos (perigo potencial) pra risco de tempestade e baixa umidade, com previsão de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h), e queda de granizo.
Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, também devem, ainda segundo o Ministério da Saúde:
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Araquém Alcântara
Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, com 2,4 milhões de hectares, ou seja, 43% de toda a área queimada no Brasil durante esse período. A Amazônia vem em seguida, com 2 milhões de hectares queimados.