Magazine Luiza (MGLU3) salta 6% no Ibovespa (IBOV) nesta segunda (17); o que está por trás?

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) assumiram a dianteira do Ibovespa (IBOV) já na primeira hora de pregão desta segunda-feira (17). A companhia encerrou a última semana como o destaque positivo do índice pela segunda semana consecutiva.

Segue no radar d0 mercado o balanço do quarto trimestre, divulgado na última quinta-feira (13), após o fechamento da bolsa. A varejista reportou lucro líquido ajustado de R$ 139 milhões no período de outubro a dezembro. O número representa um avanço de 37% na comparação anual.

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Ainda, o movimento ocorre na esteira da melhora nas estimativas de inflação no relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 desaceleraram de 5,68% para 5,66%, após meses de alta.

Às 11h27 (horário de Brasília), as ações subiam 6,04% a R$ 10,18. Acompanhe o tempo real.

Em meio ao sentimento misto de analistas sobre os números reportados, que vieram aquém do esperado em algumas linhas, MGLU3 acumula uma alta próxima a 60% em 2025, um ano que já começou com o tempo fechado no que diz respeito ao cenário macroeconômico, ao qual o setor varejista tende a ser sensível.

Assim como em outros trimestres, o Magazine Luiza reforçou que está “blindado” para lidar com a taxa básica de juros (Selic) elevada, apostando na diversificação do seu ecossistema.

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a varejista se redescobriu.

“O Magalu tem sido um case interessante para os investidores, porque ela tem se reestruturado, encontrando formas de beneficiar seus resultados. Um dos grandes destaques está na busca por outras formas de receitas, em um cenário de alta dos juros que tende a impactar o setor”, afirmou Lima em entrevista ao Giro do Mercado.

Magazine Luiza: comprar, manter ou vender?

Nos costumeiros relatórios após a divulgação de balanço, analistas não estão em consenso sobre o que fazer com os papéis do Magazine Luiza.

Do lado da compra, o BTG Pactual afirma que a receita líquida foi fraca na divisão de e-commerce, o que foi parcialmente compensado pelas melhorias nas operações de lojas físicas. Gabriel Disselli e equipe, que assinam o relatório do banco, apontam que o foco na rentabilidade deve persistir nos próximos trimestres em meio a um cenário macroeconômico desafiador.

“Reconhecemos que as taxas de juros mais altas nos próximos trimestres devem pressionar o lucro líquido da empresa, mas os últimos trimestres mostraram tendências melhores de lucratividade (e geração de caixa), sustentando nossa recomendação de compra“, dizem.

Já do lado neutro, na avaliação do Goldman Sachs, o Magazine Luiza apresentou mais um conjunto de melhorias nos resultados deste trimestre, ainda que ligeiramente abaixo das expectativas devido ao crescimento da receita líquida abaixo do esperado.

Os analistas colocam que a geração de caixa continuou a melhorar, auxiliada por uma tendência saudável de capital de giro.

Para o JP Morgan, os resultados da companhia foram fracos. A equipe de analistas liderada por Joseph Giordano pondera que a melhora da lucratividade já era esperada, no entanto, as tendências de receita foram menores do que o previsto, com crescimento abaixo da média em relação a seus pares.

A classificação do JP Morgan para o Magalu permanece underweight, equivalente à venda.

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*Com Gustavo R. Silva

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