Sinfonia do futuro: como a IA está compondo a nova era da música

A inteligência artificial (IA) está revolucionando a indústria musical, transformando desde a composição até a produção e distribuição de músicas.

Essa tecnologia emergente está permitindo a criação de obras inéditas, aprimorando processos criativos e levantando debates sobre o futuro da música.​

Sistemas de IA, como o AIVA (Artificial Intelligence Virtual Artist), têm a capacidade de compor músicas originais analisando padrões de obras clássicas de compositores como Bach, Beethoven e Mozart.

Fundado em fevereiro de 2016, o AIVA foi reconhecido pela Sociedade de Autores, Compositores e Editores de Música (SACEM) como um compositor oficial, destacando-se na criação de peças clássicas e sinfônicas. 

Além disso, a Google desenvolveu o Magenta, um projeto que explora como a IA pode ajudar na criação artística. O Magenta já produziu diversas ferramentas e modelos que auxiliam músicos na composição e experimentação musical. ​

Impacto na indústria musical

A ascensão da IA na música está provocando mudanças significativas na indústria. Por um lado, oferece novas ferramentas para artistas e produtores; por outro, levanta questões sobre direitos autorais e a autenticidade da criação artística.

Em 2024, a ADDA-Simfònica de Alicante tornou-se a primeira orquestra a interpretar peças compostas por IA avançada, evidenciando a integração dessa tecnologia no cenário musical tradicional. ​

Entretanto, figuras influentes do meio musical expressam preocupações. Björn Ulvaeus, cofundador do ABBA, alertou sobre a possibilidade de a IA afetar negativamente as receitas dos músicos, enfatizando a necessidade de regulamentações que protejam os direitos dos criadores humanos. 

O futuro da música com IA

A integração da IA na música está apenas começando. Com o avanço contínuo da tecnologia, é provável que vejamos uma colaboração ainda mais estreita entre humanos e máquinas na criação musical.

Essa sinergia pode levar a novas formas de expressão artística, expandindo os limites do que entendemos por música e criatividade.​

No entanto, é crucial equilibrar a inovação tecnológica com a valorização do talento humano, garantindo que a IA seja uma ferramenta para potencializar a criatividade, e não para substituí-la.​

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