Itaú (ITUB4) é o banco preferido para março; confira as melhores ações do setor, segundo 21 analistas

Por mais um mês, o Itaú Unibanco (ITUB4) é o bancão queridinho dos analistas para investir no médio prazo. Isso é o que mostra o levantamento do Money Times, utilizando carteiras de 21 corretoras e casas de análise referentes ao mês de março.

De longe a campeã, a instituição recebeu 17 recomendações no mês. Na sequência veio Banco do Brasil (BBAS3), com sete indicações, BTG Pactual (BPAC11) com quatro, Bradesco (BBDC4) com duas e Santander (SANB11) com apenas uma recomendação.

O que faz o Itaú (ITUB4) ser o favorito?

O Santander estima para o Itaú um preço-alvo de R$ 41,00 para 2025, e mantém a recomendação de “compra”. A ação é uma das preferências do setor e as estimativas atualizadas incluem:

  • (i) aumento do ROE na perpetuidade de 19% para 20%;
  • (ii) aumento do ROE no 2º estágio (2027-31) de 21,0% para 21,5%; e
  • (iii) aumento do custo de capital (Ke) em 100 bps para 15% – diante da perspectiva de uma taxa Selic mais alta em 2025.

“Em termos de valuation, vemos o Itaú negociando a um preço-lucro de 7,1 vezes para 2025 e de 1,6 vezes no preço do valor patrimonial”, dizem. “No nosso preço-alvo, a ação seria negociada a um preço-lucro de 8,9 vezes e 2,0 vezes de preço do valor patrimonial”.

No quarto trimestre, o Itaú teve lucro líquido recorrente de R$ 10,9 bilhões, alta de 16% anualmente e implicando em um ROAE de 22%. O Santander chama a atenção para um sólido crescimento de crédito, melhorias na qualidade dos ativos e menores provisões, tanto anualmente, quanto trimestralmente.

Para Larissa Quaresma e Felipe Miranda, analistas da Empiricus Research, alguns pontos sustentam a preferência pelo bancão. Os principais são:

  • i) Performance superior em crédito: a capacidade de antecipar ciclos de crédito é uma habilidade que a gestão atual provou ter nos últimos anos. Na visão dos analistas, a companhia deve manter a boa execução nessa frente, que ganha ainda mais importância diante do ciclo de alta da Selic.
  • ii) Reação aos novos entrantes: o Itaú está reagindo bem à competição das fintechs. O foco passou a estar na retenção do cliente por meio de experiências melhores (plataforma de investimentos Íon, super app One). Com o tempo, isso deve ajudar o banco a aumentar sua receita por cliente, em última instância.
  • iii) Eficiência: a agenda de eficiência é um dos pilares da gestão atual, que busca crescimento com despesas controladas. Com isso, a rentabilidade do Itaú deve continuar sendo a maior entre os bancões no futuro próximo.
  • iv) Dividendos: Após um período relevante de payout abaixo da média histórica, Quaresma e Miranda esperam que o Itaú distribua 50-60% do seu lucro nos próximos 12 meses, o que confere importante carrego à posição.

Além disso, a casa aponta que a competição em crédito pelos novos entrantes, nas quais podem praticar taxas agressivas, e um aumento da inadimplência com o ciclo de alta da Selic, são os potenciais riscos do papel atualmente.

Veja as ações mais recomendadas do setor de bancos para março:

Companhia Ticker Recomendações
Itaú Unibanco ITUB4 17
Banco do Brasil BBAS3 7
BTG Pactual BPAC11 4
Bradesco BBDC4 2
Santander SANB11 1

Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 21 instituições. Para março, foram indicadas 5 de 9 ações do setor, somando 31 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, Andbank, BTG Pactual, CM CapitalDaycoval, Empiricus Research, EQI Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Monte Bravo, Nova Futura, Pagbank, Planner, RB Investimentos, Rico Corretora, Safra, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP Investimentos.

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