PIB cresce sustentado por aumento de arrecadação | BM&C NEWS

Recentemente, o governo brasileiro anunciou um crescimento do PIB de 3,4% para 2024, impulsionado em parte pelo aumento da arrecadação de impostos sobre produtos, que superou o crescimento da economia real. No entanto, essa situação levanta preocupações sobre uma possível dependência do governo em tributar setores mais taxados da economia, criando uma armadilha de curto prazo.

Os resultados do PIB, a partir de uma política fiscal agressiva, podem não refletir um crescimento sustentável. O governo injetou R$ 170 bilhões na economia entre 2022 e 2023, com a aprovação da PEC da transição, além de mais R$ 100 bilhões em pagamentos de precatórios. Contudo, essa expansão fiscal levanta questões sobre a viabilidade de manter o crescimento sem novos estímulos. Sem ações adicionais, a previsão é de uma desaceleração significativa, com taxas de crescimento em torno de 1,5% este ano e abaixo de 1% no próximo.

Segundo Gabriel Barros, existe uma necessidade de novos estímulos para a economia, considerando a alta inflação e a pressão sobre a popularidade do governo. A política monetária, que busca esfriar a atividade econômica, pode entrar em conflito com a necessidade de estímulos fiscais. A dúvida que paira é até onde o governo irá para estimular o PIB, especialmente em um contexto onde a inflação continua alta e a popularidade do presidente está em jogo.

Gabriel destaca que o governo tem uma “preferência revelada” por aumentar gastos em vez de cortá-los. Essa tendência se reflete nas novas medidas de estímulo, como a liberação do FGTS e crédito consignado. Com isso, o governo parece inclinado a continuar os estímulos, o que pode dificultar a convergência da inflação para a meta estabelecida. As projeções apontam para um estímulo fiscal de R$ 240 bilhões para este ano e R$ 340 bilhões para o próximo, ano eleitoral.

Essa abordagem fiscal agressiva pode criar um cenário complicado, onde a política fiscal está “pisando no acelerador” enquanto a política monetária tenta “frear” a economia. O resultado esperado é uma inflação que pode permanecer acima dos limites superiores da meta, com projeções de 5,9% para este ano e 5% para o próximo.

Com a incerteza econômica e os desafios à frente, a necessidade de um equilíbrio entre estímulo fiscal e controle da inflação se torna cada vez mais crítica. A sociedade brasileira observa atentamente como o governo irá navegar por essas águas turbulentas nos próximos meses.

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