Ibovespa interrompe sequência de ganhos com tombo de Wall Street e cai aos 124 mil pontos; dólar avança a R$ 5,85

O Ibovespa (IBOV) acompanhou o tombo de Wall Street e interrompeu a sequência de ganhos.

Nesta segunda-feira (10), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,41%, aos 124.519,38 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8521, com avanço de 1,07%. 

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Relatório Focus, enquanto o mercado ficou em compasso de espera pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro. Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a inflação para 5,68% em 2025. Em relação à Selic, a projeção foi mantida em 15% e o câmbio deve ficar na casa de R$ 5,99 em dezembro deste ano.

Altas e quedas na bolsa 

Fora do Ibovespa, as ações da Casas Bahia (BHIA3) dispararam quase 40%. O impulso foi dado pela pressão dos investidores que têm posição vendida na varejista. De acordo com relatório da XP Investimentos, cerca de 25% das ações da Casas Bahia e do Ponto Frio estão em posição vendida, ou seja, com os investidores apostando na queda dos papéis.

Já entre os ativos negociados no principal índice da bolsa brasileira,  Magazine Luiza (MGLU3) chegou a disparar 8% durante o pregão e liderou os ganhos em reação a novas mudanças na organização da companhia. A varejista anunciou a unificação das vice-presidências da unidade de “Plataforma” e de “Negócios”, com o objetivo de acelerar a evolução da plataforma digital.

Na avaliação do Citi, a mudança foi considerada um “investimento contínuo” para a plataforma digital da empresa, enquanto a empresa reitera a prioridade em preservar margens. “O anúncio sugere maior, ou pelo menos contínua,  alocação de capital para o marketplace“, escreverem os analistas em relatório.

Já na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3) devolveu parte dos ganhos conquistados na semana anterior, na esteira do desempenho do petróleo. O contrato mais líquido do Brent com vencimento em maio, referência para o mercado internacional, fechou com recuo de 1,53%, a US$ 69,28 o barril na Intercontinental Exchange (ICE).

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) caíram, acompanhando as commodities.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores elevaram o temor de risco de recessão da maior economia do mundo. Durante a sessão, o VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, atingiu as máximas no ano e opera no maior nível desde dezembro de 2024.

O movimento acontece após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump., não descartar uma recessão. Em entrevista à Fox News no último domingo (9), o chefe da Casa Branca afirmou que a economia pode “passar por um período de transição”.

Os investidores também seguiram em compasso de espera pelo  índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro, que deve ser divulgado na próxima quarta-feira (13) e calibrar as apostas sobre a trajetória dos juros nos EUA.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -2,08%, aos 41.911,71 pontos;
  • S&P 500: -2,69%, aos 5.614,56 pontos;
  • Nasdaq: -4,00%, aos 17.468,33 pontos.

Na Europa, as bolsas encerraram no menor nível em quase um mês, em meio às incertezas sobre a economia norte-americana. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,29%, aos 546,20 pontos, depois que o índice de referência interrompeu uma sequência de dez semanas de ganhos na última sexta-feira (7).

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