Usuários descobrem que velocidade contratada da internet não é real

Usuários descobrem que velocidade contratada da internet não é real

A qualidade da banda larga fixa no Brasil é um tema de grande relevância, especialmente com o aumento da demanda por conectividade estável e rápida. Diversas empresas, como o Melhor Escolha e a Speedtest, realizam medições periódicas para avaliar a velocidade da internet no país. Esses dados, no entanto, podem diferir dos números apresentados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), gerando questionamentos sobre a real experiência dos usuários.

Em 2024, por exemplo, o Melhor Escolha reportou uma velocidade média de 189 Mbps em um estado brasileiro, enquanto a Speedtest indicou 185 Mbps. Em contraste, a Anatel divulgou que a velocidade média contratada no Brasil foi de 440 Mbps no mesmo período. A agência tem como objetivo aumentar essa média para 1 Gbps até 2027, refletindo seu compromisso com a melhoria contínua da infraestrutura de internet no país.

Como são determinadas as velocidades de internet?

A Anatel baseia suas divulgações na velocidade média contratada pelos usuários, ou seja, o valor que as operadoras oferecem no momento da adesão ao serviço. Este número representa a capacidade máxima teórica da conexão. Por outro lado, empresas de benchmark, como o Melhor Escolha, medem a velocidade efetiva que os usuários experimentam em seus dispositivos durante testes práticos.

Essas medições práticas podem variar devido a uma série de fatores, incluindo a tecnologia utilizada, a infraestrutura local e as condições de rede no momento do teste. Assim, a velocidade real experimentada pelos usuários pode ser inferior ou superior à contratada, dependendo das circunstâncias específicas.

Por que a velocidade real pode diferir da contratada?

Vários elementos podem causar discrepâncias entre a velocidade contratada e a velocidade real experimentada pelos usuários. A distância entre o roteador e o dispositivo, a presença de barreiras físicas como paredes, e a interferência de outros dispositivos eletrônicos são fatores comuns que afetam a qualidade do sinal Wi-Fi.

Além disso, o congestionamento da rede, especialmente em horários de pico, e a tecnologia dos dispositivos usados pelos consumidores também desempenham um papel significativo. Essas variáveis podem resultar em uma experiência de internet que não corresponde à velocidade nominal contratada.

Usuários descobrem que velocidade contratada da internet não é real
Speedtest (Créditos: depositphotos.com / sharafmaksumov)

Como melhorar a velocidade da internet em casa?

Para mitigar os problemas de velocidade, muitas operadoras estão oferecendo soluções avançadas, como roteadores com tecnologia Wi-Fi 6 e sistemas mesh, que ajudam a melhorar a cobertura e a estabilidade do sinal em ambientes domésticos. Essas tecnologias são projetadas para superar obstáculos físicos e minimizar a perda de sinal, proporcionando uma experiência de internet mais confiável.

Os consumidores também são encorajados a posicionar seus roteadores em locais estratégicos e a atualizar seus dispositivos para garantir que estejam tirando o máximo proveito de suas conexões de internet.

Como a Anatel melhora a internet no Brasil?

A Anatel desempenha um papel crucial na regulação e monitoramento das velocidades de internet no Brasil. Através de suas medições, a agência pode identificar áreas que necessitam de melhorias e desenvolver políticas públicas para incentivar o aumento da velocidade de internet em regiões específicas.

Essas iniciativas são essenciais para garantir que o Brasil continue a avançar em termos de conectividade, proporcionando aos usuários uma experiência de internet cada vez mais eficiente e satisfatória.

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