Petrobras de volta ao ranking global de pagamento de dividendos

Petrobras recebe ação popular contra dividendos antecipados. Descubra o que está em jogo para a empresa e seus acionistas.

A Petrobras voltou a figurar entre as 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo em 2024, ocupando a 14ª posição, após distribuir US$ 10,8 bilhões a seus acionistas. O retorno da estatal ao ranking global é um marco relevante, especialmente considerando que em 2023 a companhia havia caído para 25º lugar com US$ 8,09 bilhões. Já em 2022, no auge de sua performance, a Petrobras chegou à segunda maior posição mundial, distribuindo impressionantes US$ 21,7 bilhões em proventos.

A instabilidade na presença da empresa no ranking reflete as oscilações em sua política de distribuição e as incertezas em torno de sua estratégia. Sob a gestão de Magda Chambriard, a estatal busca manter-se como uma das grandes remuneradoras do mercado, mesmo em um cenário econômico desafiador. A grande dúvida que fica: será que a Petrobras conseguirá manter sua posição entre as maiores pagadoras?

Dividendos globais atingem novo recorde

Enquanto o Brasil enfrenta oscilações, os dividendos globais atingiram um recorde histórico de US$ 1,75 trilhão em 2024, um crescimento de 5,2% nominal e 6,6% em termos subjacentes (ajustados por efeitos extraordinários e variação cambial). O relatório da 45ª edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson Investors revela que 88% das empresas analisadas aumentaram ou mantiveram seus dividendos ao longo do ano.

Setores como bancos, tecnologia e mídia impulsionaram esse crescimento, com destaque para as gigantes da tecnologia que começaram a pagar dividendos, como Meta, Alphabet e Alibaba – responsáveis por um quinto do avanço global dos proventos.

Brasil: cenário desafiador para dividendos

Diferente do crescimento global, o Brasil registrou uma queda de 9% na base subjacente, totalizando US$ 22,4 bilhões em dividendos pagos. Metade das empresas reduziram seus proventos, refletindo um ambiente de juros elevados e menor rentabilidade. O aperto monetário e a alta da Selic no segundo semestre impactaram as margens e a atratividade dos dividendos no país.

Microsoft: a rainha dos dividendos

No topo do ranking global, a Microsoft manteve-se como a maior pagadora de dividendos do mundo pelo segundo ano consecutivo, distribuindo US$ 22,9 bilhões em 2024 – um crescimento sobre os US$ 20,74 bilhões pagos em 2023. A big tech mantém uma posição de destaque desde 2016, figurando entre as 10 maiores pagadoras globais todos os anos desde então.

Perspectivas para 2025

O estudo da Janus Henderson projeta um novo recorde para 2025, com os dividendos globais podendo alcançar US$ 1,83 trilhão, impulsionados pelo crescimento dos lucros e pela estabilidade econômica global.

O Índice Global de Dividendos acompanha trimestralmente as 1.200 maiores empresas do mundo, responsáveis por 90% dos dividendos globais pagos, e segue sendo uma referência essencial para investidores que buscam acompanhar tendências de proventos.

A Petrobras conseguiu se recuperar e garantir seu espaço entre as maiores, mas a questão que permanece no radar dos investidores é: essa tendência de crescimento nos dividendos será sustentável ou novas mudanças na gestão poderão impactar essa trajetória?

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