Itaú BBA vê 5 reflexos com tarifas da China para commodities dos EUA; 2 ações devem se beneficiar

Após as tarifas dos Estados Unidos ao país asiático entrarem em vigor, a China, em resposta, impôs tarifas de 15% para produtos agrícolas como carne bovina, suína, de frango, milho, algodão, soja e sorgo importados dos estadunidenses.

As medidas valem a partir de 10 de março.

Segundo o Itaú BBA, a China é um importante comprador de soja e algodão dos EUA, respondendo por 50% e 37% das exportações do país em 2024, respectivamente.

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Com isso, os analistas citam 5 reflexos:

  1. Pressão de queda nas exportações agrícolas dos EUA;
  2. Ajuste nos preços pelo redirecionamento da oferta de grãos e proteína;
  3. Potencial aumento das exportações brasileira para China;
  4. Maiores preços de grãos no Brasil;
  5. Maior volatilidade no mercado de commodities com o avanço das tarifas.

“A SLC Agricola (SLCE3) e BrasilAgro (AGRO3) devem se beneficiar dessas dinâmicas. Por outro lado,  JBS(JBSS3) e Marfrig (MRFG3) podem ver maiores desafios para suas operações nos EUA no curto prazo, que podem ser compensadas por melhores dinâmicas na Austrália e América do Sul”, apontam Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto.

Enquanto as importações de soja representam cerca de 90% do consumo doméstico na China, os EUA responderam por 23% deste total importado pelo país asiático em 2024.

De acordo com os analistas, os impactos para BRF (BRFS3) e Seara (JBS) devem ser mistos, já que apesar do aumento das tarifas para aves e suínos, pode criar mais oportunidades para os frigoríficos ganharem margem no mercado chinês, apenas 1% do consumo dessas carnes na China veio dos EUA em 2024.

Além disso, um impacto de alta nos preços dos grãos pode resultar em custos mais pressionados para os frigoríficos brasileiros.

“Com isso, acreditamos que o impacto negativo nos custos pode reduzir os efeitos positivos para exportações de frango e carne suína”.

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