Fundos imobiliários: As escolhas do Safra para se proteger da inflação e dos juros

Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) estão passando por uma crise desde o final do ano passado, quando a taxa Selic começou a subir. A queda tem se tornado excessiva com o passar dos meses e os descontos nas cotações estão sob forte pressão do cenário econômico. De olho nisso, o Banco Safra avaliou o segmento de papel para buscar oportunidades.

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“Ao contrário dos fundos de tijolo, cujos rendimentos mensais estão geralmente atrelados ao valor do aluguel e à área ocupada, o segmento de papel se beneficia de juros elevados e da alta da inflação. Seus rendimentos mensais são compostos do pagamento de juros e da correção monetária dos ativos investidos.”, destacaram os analistas que assinam o relatório.

Os fundos de papel, na análise do banco, apresentam spreads médios que variam entre 3,29 e 8,95 pontos percentuais sobre a taxa da NTN-B (título público indexado à inflação) com vencimento em 2035, que já possui prêmios significativos. No comparativo com o índice das NTN-Bs da Anbima, o IMA-B, os FIIs são negociados a um nível que sugere retorno superior.

A equipe de analistas reconhece que os prêmio de ativos com mais risco acabam sendo mais interessantes, porém, com o cenário incerto, preferem fundos de papel com perfil de risco de crédito baixo ou médio, com liquidez elevada, gestão com histórico de resultados, diversificação de portfólio e fortes garantias.

Com descontos relevantes nas cotas, o Safra avalia que os fundos de papel oferecem um prêmio “difícil de ignorar” com FIIs chegam a um desconto de 23% (nos de maior risco) e de 11% (nos de menor risco). Em relação às taxas de retorno, elas variam de IPCA +10,84% ou CDI +1,6% para os fundos mais conservadores até IPCA +16,5% ou CDI +4,42% no caso dos mais agressivos.

Desta forma, além das opções que fazem parte da carteira mensal do banco, eles destacam os descontos observados sobre o Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) e o Vectis Juros Real (VCJR11).

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