Quatro escolas se apresentam na 2ª noite do Grupo Especial


Desfilam Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel. Saiba como é calculada a data do carnaval
Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel pisam nesta segunda-feira (3) na Marquês de Sapucaí para a 2ª noite do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Até o ano passado, esta seria a última madrugada de apresentações, mas a a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) redividiu as 12 coirmãs em 3 dias. Então, tem mais carnaval nesta Terça-Feira Gorda (4). A mudança serve para dar mais destaque a cada coirmã e para garantir que nenhuma delas saia com dia claro
Cada escola tem entre 70 minutos e 80 minutos para apresentar seu carnaval.
O g1 vai transmitir na íntegra todos os desfiles do Grupo Especial. Na página especial, você também acompanha destaques das escolas, trechos das apresentações e as últimas notícias da Sapucaí.
Saiba tudo sobre o carnaval do Rio!
Blocos: veja a lista oficial e faça sua busca
Nesta 2ª noite, teremos:
A história de um orixá menino e poderoso;
Uma homenagem a Laíla, um trovão apaixonado pelo carnaval;
Mandingas e rituais para fechar o corpo;
Um passeio num trem-fantasma.
Clique na sua escola para ir direto à seção dela.
Unidos da Tijuca
Beija-Flor de Nilópolis
Acadêmicos do Salgueiro
Unidos de Vila Isabel
Previsão de horários do Grupo Especial
Unidos da Tijuca
Logo do enredo da Tijuca
Divulgação
Logun-Edé é um príncipe especial, filho de 2 grandes orixás: Oxum, a rainha das águas doces, e Oxóssi, o caçador das matas. Ele tem um jeito único porque mistura o melhor dos 2 mundos: é forte e valente como seu pai, mas também sábio e sensível como sua mãe. Por isso, pode ser tanto um caçador quanto um pescador, vivendo entre os rios e as florestas.
Desde pequeno, aprendeu com outros orixás lições importantes. Exu lhe deu o poder da transformação; Ogum lhe ensinou a usar armas; e Ossain mostrou o segredo das folhas que curam. Cresceu como um jovem corajoso, cheio de energia, sempre pronto para lutar pela justiça e pela liberdade.
Mas tempos difíceis chegaram. Seu povo foi atacado e ele precisou se esconder e se proteger. Com a ajuda de Iemanjá, fugiu pelo mar e veio parar no Brasil, onde foi lembrado nos primeiros terreiros de Candomblé. Aqui, tornou-se símbolo da juventude, da coragem e da esperança. Seu nome vive na fé de quem busca força para vencer desafios.
Hoje, no carnaval, Logun-Edé será celebrado com muita música, dança e alegria. Ele ensina que ser jovem é ter garra, inteligência e vontade de mudar o mundo. Azul-pavão e amarelo-ouro são suas cores, e no desfile, ele estará brilhando no alto da bandeira, espalhando seu axé para todos!
Carnavalesco: Edson Pereira
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Matheus André e Lucinha Nobre
Comissão de Frente: Bruna Lopes e Ariadne Lax
Mestre de Bateria: Casagrande
Rainha de Bateria: Lexa (não vai desfilar)
Componentes: 2.365 em 26 alas
Alegorias: 6 carros e 2 tripés
Enredo e samba: Unidos da Tijuca celebra Logun Edé no carnaval de 2025
Cante o samba
Autores: Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho, Luiz Antonio Simas, Gustavo Clarão e Diego Nicolau.
Intérprete: Ito Melodia
Unidos da Tijuca celebra Logun Edé no carnaval de 2025
Logun edé
Logum arô
Logun edé loci loci Logun arô
A juventude do Borel
Desce o morro pra cantar em seu louvor
Reflete o espelho… Orisun
Nas águas de Oxum
À luz de Orunmilá
Magia que desaguou na ribeira
E fez o caçador se encantar
Sou eu, sou eu
Príncipe nascido desse grande amor
Herdeiro da bravura e da beleza
É da minha natureza a dualidade e o fulgor
De tudo que aprendi, o todo que reuni
Fez imbatível a força do meu axé
Com brilho imenso, desafio o consenso, inquieto e intenso
Sou Logum Edé
Oakofaê, odoiá
Oakofaê, desbravei o mar
Não ando sozinho montei no cavalo marinho
Abri caminho pro povo de Ijexá
E no rufar dos Ilus meu tambor
A fé no Kale Bokum assentou
A proteção de meus pais, ofás e abebés
Sou a Tijuca e seus candomblés
Um lindo leque se abriu, ori do meu pavilhão
Amarelo ouro e azul pavão
Orixá menino que velho respeita
Recebi sentença de pai Oxalá
Eu não descanso depois da missão cumprida
A minha sina é recomeçar
Bandeira da Unidos da Tijuca
Divulgação/ Unidos da Tijuca
Beija-Flor de Nilópolis
Logo do enredo da Beija-Flor de Nilópolis
Divulgação
Laíla de todos os santos
Essa é a história de um grande mestre do samba, um homem que viveu para a música e para sua escola de coração, a Beija-Flor. Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, era como um trovão, forte e cheio de energia, guiado por sua fé e pelo amor ao carnaval.
Desde pequeno, Laíla tinha um dom especial: conseguia transformar qualquer som em música e aprender tudo sozinho. Com latas e gravetos, começou a criar ritmos e, com o tempo, se tornou um dos maiores maestros do samba.
Sua missão era dar voz ao povo negro e mostrar o valor das raízes africanas no carnaval. Laíla misturava diferentes tipos de música e fazia com que tudo soasse perfeito. Criava desfiles grandiosos, contando histórias mágicas, cheias de emoção e fantasia.
Mais do que um gênio do samba, Laíla era um líder que acreditava na força da sua comunidade. Sempre ensinou que o mais importante no carnaval não são apenas os troféus, mas o brilho e a paixão de quem participa dessa festa. Seu legado ficou para sempre e, agora, no desfile, será homenageado com todo o respeito e alegria que ele merece.
Lá do céu, junto com outros grandes nomes do samba, Laíla continua olhando por sua escola e pelo carnaval, fazendo a festa acontecer no ritmo do tambor!
Carnavalesco: João Vitor Araújo
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Claudinho e Selminha Sorriso
Comissão de Frente: Jorge Teixeira e Saulo Finelon
Mestre de Bateria: Rodney e Plínio
Rainha de Bateria: Lorena Raissa
Componentes: 3.200 em 26 alas
Alegorias: 6 carros e 3 tripés
Enredo e samba: Beija-Flor de Nilópolis vai eternizar o legado de Mestre Laíla
Cante o samba
Autores: Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
Beija-Flor de Nilópolis vai eternizar o legado do mestre Laíla
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla meu griô
Kaô, meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza
Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Óh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô
Bandeira da Beija-flor de Nilópolis
Divulgação/ Beija-flor de Nilópolis
Acadêmicos do Salgueiro
Logo do enredo do Salgueiro
Divulgação
Salgueiro de Corpo Fechado
O Salgueiro vai entrar na Avenida protegido! Com rezas, ervas e muita fé, a escola vem contar a história de uma crença antiga: o “fechamento do corpo”, que é um jeito de se proteger contra tudo de ruim, como doenças, inveja e até perigo de vida.
Essa tradição veio de muitos lugares. No passado, guerreiros africanos usavam amuletos chamados “mandingas” para se proteger. No sertão, os cangaceiros acreditavam que seus chapéus e símbolos mágicos os tornavam invencíveis. Até hoje, muitas pessoas fazem rezas e banhos especiais para afastar qualquer mal.
Nas religiões como o Candomblé e a Umbanda, Exu, Preto-Velho e os Mestres da Jurema são os guardiões desse poder. E quem também está com o Salgueiro nessa caminhada é Seu Zé, um malandro que protege e vigia aqueles que confiam nele.
No desfile, essa força estará presente em cada canto, porque quem tem fé não teme o perigo. Com a energia dos Orixás, o Salgueiro vem forte, de corpo fechado e pronto para brilhar na Sapucaí!
Carnavalesco: Jorge Silveira
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Sidcley Santos e Marcella Alves
Comissão de Frente: Paulo Pinna
Mestre de Bateria: Guilherme e Gustavo
Rainha de Bateria: Viviane Araújo
Componentes: 3.300 em 26 alas
Alegorias: 6 carros e 4 tripés
Enredo e Samba: Salgueiro aposta em fé e proteção com enredo sobre magia e encantamento para o Carnaval 2025
Cante o samba
Autores: Xande de Pilares, Pedrinho da Flor, Betinho de Pilares, Renato Galante, Miguel Dibo, Leonardo Gallo, Jorginho Via 13, Jefferson Oliveira, Jassa e W. Correa
Intérprete: Igor Sorriso
Salgueiro leva fé e proteção para a Sapucaí com enredo sobre magia e encantamento no Carnaval 2025.
Macumbeiro, mandingueiro, batizado no gongá
Quem tem medo de quiumba não nasceu pra demandar
Meu terreiro é a casa da mandinga
Quem se mete com o Salgueiro, acerta as contas na curimba
Prepara o alguidar, acende a vela
Firma ponto ao sentinela
Pede a bênção pra vovô
Faz a cruz e risca a pemba
Que chegou Exu Pimenta e a falange de Xangô
Tem erva pra defumar, carrego o meu patuá
Adorei as almas que conduzem meu caminho
É mojubá, marabô, invoque a Lua
Que o povo da encruza não vai me deixar sozinho
Sou herança dos malês, bom mandingo e arisco
Uso a pedra de corisco pra blindar meu dia a dia
No tacho, arruda e alecrim, ô
Bala de chumbo contra toda covardia
Tenho a fé que habita o sertão
De Lampião, o cangaceiro
Feito Moreno, eu vou viver
Mais de cem anos no meu Salgueiro
Sou espinho qual fulô de macambira
Olho gordo não me alcança
Ante o mal, a pajelança pra curar
Sempre há uma reza pra salvar
O nó desata, liberdade pela mata
E os mistérios do axé, meu candomblé
Derruba o inimigo um por um
Eu levo fé no poder do meu contra-egum
Salve, seu Zé, que alumia nosso morro
Estende o chapéu a quem pede socorro
Vermelho e branco no linho trajado
Sou eu malandragem de corpo fechado
Bandeira do Salgueiro
Divulgação/ Acadêmicos do Salgueiro
Unidos de Vila Isabel
Logo do enredo da Vila Isabel
Divulgação
Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece
Era noite de carnaval, tudo estava animado na Sapucaí. De repente, uma voz anuncia: “Atenção, Sapucaí! Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece! Vem aí a Unidos de Vila Isabel!” E então, um Trem-Fantasma gigante começa a invadir a Avenida, pronto para levar todo mundo em uma viagem assustadora e divertida!
No escuro, aparecem monstros, fantasmas e criaturas misteriosas. Primeiro, entramos na floresta e damos de cara com o Curupira, o menino de pés virados que protege a mata, e com o Lobisomem, que uiva na noite de lua cheia. Tem também a enorme serpente de fogo, o Boitatá, e o Saci, que vem rodopiando no meio do caminho para bagunçar tudo!
O trem segue e, de repente, mergulhamos nos rios e mares! Encontramos a Iara, a sereia encantadora que quer nos hipnotizar, e fugimos do Yacuruna, um ser assustador com a cabeça virada para trás! No mar, surge o duende João Galafuz, que provoca tempestades! Socorro, precisamos sair daqui!
O trem continua e chega aos lugares mais assombrados: um cemitério cheio de fantasmas, um castelo de vampiros e até o esconderijo do temível Bicho-Papão! O Conde Drácula convida para dançar, mas será que ele quer só dançar mesmo? E lá está a Mulher de Branco, que pode capturar nossas almas! Melhor correr!
Mas calma… no final dessa viagem assustadora, percebemos que o melhor jeito de espantar o medo é com alegria! O Trem-Fantasma faz seu último desembarque, e todas as assombrações viram personagens de uma grande festa de Dia das Bruxas no Carnaval! Feiticeiras, monstros e criaturas tomam conta da folia! Agora, podemos rir, dançar e brincar porque a Vila Isabel veio para assombrar de alegria!
Carnavalesco: Paulo Barros
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas
Comissão de Frente: Alex Neoral e Márcio Jahú
Mestre de Bateria: Macaco Branco
Rainha de Bateria: Sabrina Sato
Componentes: 2.800 em 30 alas
Alegorias: 6 carros
Enredo e Samba: Vila Isabel promete assombrar com alegria no Carnaval 2025
Cante o samba
Autores: Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva
Intérprete: Tinga
RJ1 mostra bastidores da preparação da Vila Isabel para o carnaval
Solta o bicho, dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
O caldeirão vai ferver, eu quero ver segurar
Não tem jeito, a Vila vai te pegar
Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a legião que vem lá do Boulevard
O breu e o susto em meio à floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem
Curupira sai pra lá
No clarão da Lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê, caboclo d’água
Da água que me assombra
À sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar (oi)
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora, viola, pra alma penada samba
Nas redondezas credo em cruz, Ave Maria
Nas redondezas credo em cruz, Ave Maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha Vila sempre foi bicho-papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço arrastando a multidão
Bandeira da Unidos de Vila Isabel
Divulgação/ Vila Isabel
Sapucaí vista do alto, durante desfile da Portela em 2023
Fernando Maia/Riotur
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