Questão tarifária acaba influenciando a perspectiva de crescimento dos EUA, diz analista

A divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos (EUA) movimenta os mercados nesta sexta-feira (28). O índice de preços (PCE) subiu 0,3% em janeiro, dentro das expectativas, mas uma queda nos gastos com consumo causa preocupação no mercado.

Para Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, medidas do presidente Donald Trump podem estar impactando os números. Em entrevista ao Giro do Mercado, o especialista afirmou que o mercado vive um momento de instabilidade devido à frequente mudança nos anúncios de Trump em relação às tarifas para parceiros comerciais.

“Esses problemas com as tarifas acabam influenciando a perspectiva de crescimento do país. Por isso vimos nos últimos dias uma preocupação maior dos investidores sobre uma desaceleração da economia americana”, disse Pacheco.

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Em relação a queda no consumo nos EUA, o analista ressalta que eventos extraordinários podem ter impactado, como um inverno rigoroso que manteve mais pessoas em casa. Além disso, alguns descontos foram oferecidos em automóveis em dezembro, o que pode ter reduzido a demanda para o mês seguinte.

Destaques do mercado internacional

No mercado internacional, um dos destaques da semana foi a divulgação dos resultados da Nvidia (NVDA), que reportou crescimento de 77,9% na receita, comparando com o mesmo período do ano anterior, acima das expectativas.

Segundo Pacheco, o “efeito DeepSeek” não deve impactar negativamente a empresa, que deve buscar maior eficiência no desenvolvimento de inteligência artificial (IA). “Essa tese de IA só tende a crescer daqui pra frente. Mas talvez veremos uma migração das empresas de infraestrutura para softwares mais específicos. Vamos apenas ampliar o cenário”, afirmou.

O especialista ainda falou sobre a retomada das empresas de tecnologia e a possibilidade de que as tarifas causem impacto nas futuras decisões do Federal Reserve (FED) sobre os cortes de juros nos EUA. Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.

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