Juros futuros sobem com Treasuries e dólar; Brasília segue em foco

As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) intensificaram seus ganhos ao longo da manhã desta quarta-feira (26), impulsionadas pelo fortalecimento do dólar frente ao real e pela divulgação de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro.

Às 12h26, a taxa do DI para janeiro de 2026 registrava 14,72%, alta de 13 pontos-base em relação ao ajuste anterior de 14,588%. Já a taxa para janeiro de 2033 subia 20 pontos-base, atingindo 14,75%, frente aos 14,547% da véspera.

O dólar subia 0,70%, a R$ 5,780, enquanto o Ibovespa caía 0,4%, a R$ 125,4 mil pontos.

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O Brasil gerou mais de 137 mil empregos formais em janeiro, quase três vezes a projeção do mercado, o que aumenta as preocupações com o controle da inflação.

O movimento de alta das taxas futuras no Brasil também recebe suporte do cenário externo, onde os rendimentos dos Treasuries avançaram para o território positivo no início da tarde.

Às 12h29, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia 1 ponto-base, atingindo 4,306%.

Popularidade do governo

No campo político, os mercados acompanham os desdobramentos após a demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a nomeação de Alexandre Padilha para o cargo, deixando a Secretaria de Relações Institucionais.

A movimentação ministerial é vista como uma tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recuperar apoio político em meio à queda de sua popularidade. Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostrou um aumento na avaliação negativa do governo na Bahia e em Pernambuco, os dois maiores estados do Nordeste em população.

No mercado, há preocupação de que, diante da pressão por apoio, o governo amplie os gastos, agravando a situação fiscal.

Durante coletiva em Brasília nesta manhã, Marinho confirmou que será publicada na sexta-feira uma medida provisória permitindo o saque do saldo remanescente do FGTS para trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 e a data de publicação da norma. O montante liberado será de R$ 12 bilhões para aqueles que aderiram ao saque-aniversário e ficaram impedidos de acessar os recursos.

*Com informações da Reuters

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