Sem impostos e com milhões em caixa: como funciona a economia do Vaticano?

O Vaticano pode ser o menor país do mundo, com apenas 0,44 km², mas sua economia guarda segredos e curiosidades que surpreendem até os mais experientes analistas. Sem indústrias, sem agricultura e com uma população fixa de cerca de 800 pessoas, o Vaticano mantém um sistema econômico único, sustentado por doações, turismo, venda de selos e moedas exclusivas.

Diferente da maioria dos países, o Vaticano não cobra impostos de seus residentes e sua principal fonte de receita vem do chamado Óbolo de São Pedro, doações feitas por fiéis ao redor do mundo para financiar as atividades da Igreja Católica. Além disso, o turismo religioso movimenta milhões de euros todos os anos, com a venda de ingressos para os museus do Vaticano, que abrigam tesouros artísticos inestimáveis, como a Capela Sistina.

Quanto o Vaticano movimenta?

Embora o Vaticano não tenha um Produto Interno Bruto (PIB) no sentido tradicional, estima-se que suas receitas anuais girem em torno de US$ 300 milhões a US$ 400 milhões. Esse valor pode oscilar de acordo com doações e fluxo turístico. Seu orçamento anual, no entanto, muitas vezes apresenta déficits devido aos altos custos de manutenção do patrimônio histórico, despesas administrativas e atividades da Igreja em nível global.

O turismo é a maior fonte de receita do Vaticano, responsável por uma movimentação estimada de US$ 130 milhões por ano. A principal atração são os Museus do Vaticano, que recebem cerca de 6 milhões de visitantes anualmente. O ingresso básico para visitação custa cerca de 17 euros, sem contar as vendas extras de tours guiados, lembranças e livros religiosos.

Principais atividades econômicas do Vaticano

Mesmo sem uma economia convencional, o Vaticano tem setores que geram receita e sustentam suas operações. Entre eles:

  • Turismo religioso – A principal atividade econômica do Vaticano. Milhões de pessoas viajam anualmente para visitar a Basílica de São Pedro, os
  • Museus do Vaticano e acompanhar audiências papais.
  • Venda de selos e moedas – O Vaticano emite seus próprios selos postais e moedas colecionáveis, que não circulam fora do território, mas são itens valiosos para colecionadores ao redor do mundo.
  • Edições e publicações – O jornal oficial da Santa Sé, o L’Osservatore Romano, além de publicações da Biblioteca do Vaticano e materiais religiosos, geram receita com assinaturas e vendas.
  • Doações e investimentos – Além do Óbolo de São Pedro, o Vaticano administra um portfólio de investimentos globais, com participação em empresas e imóveis ao redor do mundo.

O Banco do Vaticano e seus investimentos

O Vaticano também possui seu próprio banco, o Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido popularmente como Banco do Vaticano. Com cerca de US$ 5 bilhões em ativos, o banco gerencia fundos da Igreja e oferece serviços financeiros para entidades católicas no mundo todo. No passado, a instituição foi alvo de escândalos financeiros, o que levou a reformas e maior transparência na gestão.

Além das finanças bancárias, a Santa Sé possui investimentos em imóveis de luxo na Europa, incluindo propriedades em cidades como Londres, Roma e Paris. Essas propriedades são alugadas e geram receita para manter as operações da Igreja.

Uma economia única no mundo

A economia do Vaticano se destaca por ser completamente diferente de qualquer outro país. Sustentado por fé, turismo e doações, a pequena nação sobrevive sem precisar arrecadar impostos de sua população e, ainda assim, movimenta milhões de dólares por ano.

Apesar dos desafios financeiros, como os déficits orçamentários e a necessidade de constante restauração de seu patrimônio histórico, o Vaticano mantém sua posição como um dos centros culturais e religiosos mais visitados do planeta – e com uma economia tão peculiar quanto sua estrutura política.

Leia mais notícias clicando aqui

Novo recorde de Lula! Mas de rejeição; pesquisa Quaest mostra tombo na popularidade

O post Sem impostos e com milhões em caixa: como funciona a economia do Vaticano? apareceu primeiro em BM&C NEWS.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.