Acredite se quiser: Fyre Festival 2 inicia venda de ingressos

O polêmico Fyre Festival anunciou as vendas dos ingressos de sua segunda edição. Sim, você não leu errado.

Depois de uma edição desastrosa em 2017, que resultou na prisão do fundador do evento, Billy McFarland, em 2018 por fraude bancária, fraude eletrônica e por mentir para os investigadores, o empresário e golpista confirmou uma nova edição do festival, apontando que “o Fyre Festival 2 é real”.

Depois de ter anunciado o evento em setembro de 2024 apontando que o festival aconteceria em abril deste ano, Billy definiu novas datas e apontou que o Fyre está previsto para acontecer entre 30 de maio e 2 de junho na Isla Mujeres em Quintana Roo, México.

Segunda edição do Fyre Festival inicia venda de ingressos

A nova publicação sobre o festival descreve que ele está sendo produzido com a Lostnights, empresa que organiza eventos de EDM e eletrônicos em Tehmplo, um local em Quintana Roo. Entre as promessas da segunda edição do Fyre Festival estão “excursões que desafiam os limites durante o dia” e “performances íntimas na praia à noite”.

Sem surpreender ninguém, até o momento nenhuma atração foi anunciada, mas segundo McFarland disse à People (via Brooklyn Vegan), o festival contará com “artistas de música eletrônica, hip hop, pop e rock”. Ele também promete outras coisas além de música, como “um skatista profissional fazendo uma demonstração. Podemos ter um campeão de MMA ensinando técnicas de manhã”.

Para aqueles que vão ter coragem de acreditar no festival, entre as opções de ingressos que foram disponibilizadas existem tanto entradas de “acesso geral” custando US$1.400 (aproximadamente R$8.082,55), até uma “experiência elevada” de US$5.000, uma opção de “acesso ao artista” de US$25.000, “Phoenix”, e “Prometheus, The Fyre Starter”, que custará US$1.100.000 (cerca de R$6.350.575,00).

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Sobre o ingresso com valor mais alto, o site do festival indica: “A origem do Passe Prometheus é envolta em segredo. Diz a lenda que ele foi inspirado pelo Titã Prometeu, que desafiou os deuses para presentear a humanidade com FYRE — uma centelha de criação e inovação. Este passe não é para os fracos de coração, nem para o participante casual. É para aqueles que buscam se elevar, que não querem apenas testemunhar a história, mas aspiram moldá-la”.

Tentando fazer com que o público compre sua nova aposta de entretenimento, Billy McFarland declarou:

“Tenho certeza de que muitas pessoas acham que sou louco por fazer isso de novo. Mas sinto que seria louco se não fizesse de novo. Depois de anos de reflexão e agora de um planejamento cuidadoso, a nova equipe e eu temos planos incríveis para o FYRE 2. Os aventureiros que confiam na visão e dão o salto ajudarão a fazer história. Obrigado aos meus parceiros pela segunda chance.”

Fyre Festival

Em 2016, o Fyre Festival foi prometido como “um festival de luxo nas Bahamas”, que planejava ter um público extremamente seleto, chegando a cobrar cerca de 5 mil reais pelo ingresso diário, e com pacotes VIP saindo por 45 mil reais.

Porém, ao chegar o dia do evento, a estrutura para o Fyre não estava montada e diversos problemas envolvendo voos, aposentos e até mesmo alimentação começaram a aparecer. Com isso, o festival foi “adiado indefinidamente” e dezenas de pessoas acabaram ficando “presas” nas Bahamas, dependendo da disponibilidade de voos para voltar para os Estados Unidos.

Bandas como blink-182, Major Lazer, Disclosure e Migos estavam escaladas para tocar no evento que aconteceria entre abril e maio de 2017.

O evento causou para Billy McFarland uma dívida de US$26 milhões com investidores, e ele conseguiu ser liberado mais cedo da prisão depois de ter sido condenado em 2018.

Diversos detalhes deste caso foram revelados no documentário da Netflix Fyre Festival: Fiasco no Caribe, lançado em 2019.

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