Plano de saúde acessível? Entenda o que prevê a proposta da ANS

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está promovendo uma consulta pública sobre a criação de um novo tipo de plano de saúde de baixo custo, com mensalidade de até R$ 100.

Em 2024, o setor de planos de saúde atingiu um recorde histórico, com 52,2 milhões de usuários em assistência médica e 34,4 milhões em planos exclusivamente odontológicos.

A Consulta Pública 151 prevê cobertura apenas para consultas eletivas e exames, sem incluir atendimentos de emergência, internações ou terapias.

O objetivo do plano é oferecer uma alternativa acessível para quem não possui convênio médico e recorre a cartões de desconto ou clínicas populares.

Com essa modalidade, os beneficiários terão garantia de cobertura para consultas em todas as especialidades e exames, sem limite de quantidade, incluindo tomografias e ressonâncias magnéticas.

Após a consulta e a audiência pública, serão produzidos relatórios técnicos pela Agência, que irão definir os próximos passos.

E se for aprovado?

Se aprovada, a nova modalidade passará por um período experimental de dois anos. Durante esse tempo, a ANS monitorará os impactos do modelo antes de decidir se ele será mantido ou descontinuado.

A proposta gera debate, especialmente sobre o risco de queda na qualidade, que já é uma preocupação entre usuários de planos de saúde.

Especialistas alertam que a falta de cobertura para internações e emergências pode deixar pacientes vulneráveis, especialmente em casos de necessidade de atendimento hospitalar.

Por outro lado, a ANS argumenta que cerca de 80% das demandas médicas podem ser resolvidas com consultas e exames, reduzindo a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) e permitindo que o setor público concentre recursos em emergências e tratamentos mais complexos.

A consulta pública segue aberta até 4 de abril no site da agência, onde os interessados podem acessar os documentos e enviar sugestões.

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