Iguatemi (IGTI11) cai mais de 2% após troca de CEO; analistas falam em ‘surpresa’ com mudança

As ações da Iguatemi (IGTI11) reagem de forma negativa ao anúncio da troca de CEO da companhia. Por volta das 15h os papéis recuavam 2,86%, a R$ 18,71. A saída de Cristina Betts pegou o mercado de surpresa, mas as ações de empresas ligadas ao consumo de modo geral caem hoje.

Nesta sexta-feira (21), a empresa disse que a atual CEO deixará o cargo, e Ciro Zica Neto, atual vice-presidente comercial, assumirá a posição ao longo de março de 2025. A sucessão faz parte do planejamento estratégico do Conselho de Administração da Iguatemi, conduzido pelo Comitê de Pessoas, Cultura e ESG.

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Betts ingressou na Iguatemi em 2008 como diretora financeira (CFO) e, em 2021, assumiu a presidência da empresa. Durante 17 anos, “contribuiu significativamente” para o crescimento e evolução da companhia, disse a empresa.

Segundo os analistas da Ágora Investimento, a reação é justamente por Betts ter sido até o momento o principal rosto da Iguatemi para o mercado desde antes da sua entrada a frente da companhia, em 2021. No entanto, os analistas ressaltam que a executiva deixa a empresa “em muito boa forma”, com a menor vacância histórica e uma alavancagem sob controle.

Além disso, eles apontam que o histórico do novo CEO sugere que o foco do Iguatemi será na frente comercial, a fim de aumentar os aluguéis e materializar o aumento significativo de receita.

“Na frente de relações com investidores, Ciro Neto tem grandes responsabilidades a preencher, mas vemos uma oportunidade para os acionistas controladores estarem mais presentes com os investidores, a fim de ajudar a preencher as lacunas de percepção persistentes que fazem com que IGTI11 historicamente negocie com o que vemos como um desconto excessivo em relação ao seu principal par, as ações da Multiplan (MULT3)”, destacam os analistas.

Iguatemi tem resultados fortes no 4t24 e projeta crescimento de receita em 2025

A companhia divulgou ao mercado que registrou um lucro líquido ajustado de R$ 164,1 milhões no último trimestre, 21,9% acima do mesmo período de 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 315,3 milhões, 19,4% acima de um ano antes, com margem Ebitda ajustada de 84,0%, alta de 4,2 pontos percentuais na mesma comparação.

Já o fluxo de caixa proveniente das operações (FFO) ajustado da Iguatemi atingiu R$ 219,3 milhões no quarto trimestre, crescimento de 23,3% ano a ano. A alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda ajustado caiu a 1,84 vez, de 1,91 vez anterior.

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