Oncoclínicas (ONCO3) engata quarto pregão seguido de alta e dispara quase 70% no ano

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) registram mais um dia de disparada nesta quinta-feira (20) — pelo quarto pregão consecutivo. Às 15h55 (horário de Brasília), os papéis saltavam 35% na B3, cotados a R$ 4,05.

Na véspera, a companhia divulgou ao mercado o recebimento de uma correspondência da gestora Latache informando que dois de seus fundos de investimento adquiriram uma participação relevante na companhia. A gestora já tinha posição na empresa.

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Os fundos ARCL II Fundo de Investimento Financeiro Multimercado e Nova Almeida Fundo de Investimento Financeiro Multimercado atingiram, em 18 de fevereiro, um total de 44,6 milhões de ações ordinárias da Oncoclínicas, correspondendo a 6,8% do capital social da empresa.

Assim, conforme o documento enviado ao mercado, o Fundo ARCL II passou a deter 40,3 milhões de ações, o equivalente a 6,2% do capital da companhia, enquanto o Fundo Nova Almeida possui 4,3 milhões de ações, representando 0,7% do capital social.

Na própria terça-feira (18), ONCO3 disparou mais de 20% na B3, mesmo após o JP Morgan ter rebaixado a classificação da empresa para “underweight” (equivalente à venda), com perspectivas negativas para os próximos anos.

Na quarta (19), a alta foi de 16%. Com isso, os papéis acumulam uma alta de 69,62% em 2025.

Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset, destaca a reação ainda a compra da gestora, além da possibilidade de um short squeeze. 

Short Squeeze é movimento anormal do mercado que leva a disparada dos preços de um ativo. Ao mesmo tempo, os investidores que estão posicionados com uma venda (short) a descoberto veem seus objetivos ficarem cada vez mais distantes e são obrigados a encerrar suas posições em busca de diminuir o prejuízo.

Essas situações geram um efeito em cadeia, impulsionando uma pressão de compra que leva o ativo a disparar ainda mais.

Aumento de posição na Oncoclínicas

A companhia abriu o capital com planos de atender à crescente demanda por atendimento especializado no tratamento de câncer e se consolidar como a principal empresa dentro do segmento.

A Latache ressaltou que os fundos sob sua gestão não possuem outros valores mobiliários da Oncoclínicas, tampouco instrumentos financeiros derivativos referenciados em suas ações.

A gestora afirmou que, no momento, os fundos não têm a intenção de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia.

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*Com Kaype Abreu 

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