Microsoft cria um novo estado da matéria – e ele pode transformar a computação!

A Microsoft anunciou um avanço significativo na computação quântica com a criação do Majorana 1, o primeiro chip fabricado com topocondutores, um novo tipo de material que pode transformar o setor. Segundo a empresa, essa inovação pode viabilizar o desenvolvimento de computadores quânticos mais estáveis e eficientes, aproximando a tecnologia de aplicações comerciais.

O que são os topocondutores?

Os topocondutores, também chamados de supercondutores topológicos, são uma nova classe de materiais projetados para melhorar a estabilidade dos qubits – as unidades básicas da computação quântica. Os topocondutores são considerados um novo estado da matéria. Esses materiais foram criados átomo por átomo pela Microsoft, combinando arseneto de índio e alumínio, e podem reduzir interferências ambientais que prejudicam o funcionamento dos sistemas quânticos.

Segundo Satya Nadella, CEO da Microsoft, essa descoberta representa uma nova era para a computação: “A maioria de nós aprendeu que existem três estados da matéria: sólido, líquido e gasoso. Agora, isso mudou. Criamos um estado de matéria completamente novo que pode impulsionar um salto fundamental na computação.”

Como funciona o Majorana 1?

O Majorana 1 combina as características dos processadores convencionais com os de computação quântica, permitindo que até 1 milhão de qubits sejam controlados digitalmente. Isso é um avanço significativo, considerando que a maioria dos experimentos quânticos atuais trabalha com algumas dezenas ou centenas de qubits.

Na computação tradicional, os bits assumem apenas os valores 0 ou 1. Já os qubits podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo, explorando propriedades quânticas das partículas subatômicas. Isso permite um processamento extremamente mais rápido e eficiente, possibilitando a resolução de problemas que levariam milhões de anos para serem solucionados por computadores convencionais.

Desafios da computação quântica e como a Microsoft busca superá-los

Um dos principais obstáculos para a implementação da computação quântica em larga escala é a necessidade de operar em temperaturas próximas ao zero absoluto (-273°C). Isso ocorre porque interferências ambientais podem desestabilizar os qubits, comprometendo os cálculos.

A abordagem da Microsoft busca minimizar esse problema, criando qubits mais estáveis e menos suscetíveis a interferências. Segundo Chetan Nayak, pesquisador da Microsoft responsável pelo projeto, a inovação pode acelerar a adoção da computação quântica: “É algo para daqui alguns anos, não décadas.”

Computação quântica no mundo: outros avanços recentes

Além da Microsoft, o Google também vem avançando nesse setor. Em dezembro, a empresa revelou um computador quântico experimental capaz de realizar cálculos em 5 minutos, que levariam 10 septilhões de anos para serem resolvidos pelos supercomputadores mais avançados da atualidade.

O futuro da computação quântica

Embora ainda existam desafios, a Microsoft e outras gigantes do setor acreditam que a computação quântica estará disponível mais cedo do que se imaginava. Com o Majorana 1, a empresa dá um passo importante para a viabilização da tecnologia, abrindo caminho para uma nova era na computação e no processamento de dados.

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