Os ultra-ricos brasileiros: a região de SC, onde o metro quadrado já passa de R$ 50 mil

Os ultra-ricos, conhecidos como Ultra High Net Worth Individuals (UHNWI), formam um seleto grupo de indivíduos com patrimônios líquidos acima de US$ 30 milhões, considerando apenas ativos investíveis, sem incluir bens pessoais como imóveis e coleções de arte. Com a crescente concentração de riqueza global, essa elite financeira tem se distanciado ainda mais dos chamados “super-ricos”, consolidando seu poder econômico e influência nos mercados. No Brasil, esse movimento se reflete no mercado imobiliário de luxo, especialmente em Santa Catarina, onde Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí lideram o ranking nacional de valorização, segundo a FipeZap. O metro quadrado em Balneário Camboriú já ultrapassa os R$ 14 mil, posicionando a cidade como um dos destinos mais exclusivos do país para investidores e grandes empresários.

Mas a busca por imóveis ainda mais exclusivos tem impulsionado a valorização de outras regiões catarinenses, como o bairro Estaleiro, que se tornou um refúgio para os ultra-ricos em busca de privacidade, tranquilidade e conexão com a natureza. Com rígidas normas ambientais que limitam as construções a três pavimentos e restringem a ocupação dos terrenos a 40%, a região preserva sua essência natural e garante exclusividade aos compradores. De acordo com o The Wealth Report 2024, a demanda global por propriedades em locais preservados e afastados dos grandes centros urbanos tem crescido, refletindo a prioridade desse público por qualidade de vida e experiências únicas. No Estaleiro, essa tendência já se traduz em valores recordes: o metro quadrado em lançamentos à beira-mar ultrapassa R$ 50 mil e pode dobrar nos próximos anos, segundo o especialista em mercado imobiliário e CEO da Blue Heaven, Fabrício Bellini. “Quem compra no Estaleiro busca um refúgio exclusivo. Com projetos diferenciados e o reconhecimento ambiental do selo Bandeira Azul, a região está cada vez mais valorizada”, destaca Bellini.

Atualmente, os ultra-ricos representam uma parcela ínfima da população mundial, mas detém uma fatia significativa da riqueza global. Estudos indicam que o número de indivíduos com fortunas superiores a US$ 100 milhões vem crescendo rapidamente, impulsionado pela valorização de ativos, inovação tecnológica e concentração de negócios. No Brasil, setores como agronegócio, tecnologia e mercado financeiro estão entre os principais responsáveis pelo crescimento da elite financeira.

Santa Catarina: o refúgio dos bilionários brasileiros

O que atrai tantos investidores e compradores ultra-ricos para Santa Catarina? O perfil de quem compra esses imóveis varia: em Balneário Camboriú e Itapema, empresários do agronegócio lideram as compras, vendo na região uma oportunidade de diversificação patrimonial e retorno financeiro. Já em Itajaí, principal porta de entrada de importações do Brasil, o foco está nos executivos e empresários ligados aos setores portuário e industrial, que buscam imóveis sofisticados e funcionais.

Mas o movimento mais exclusivo entre os ultra-ricos ocorre um pouco mais afastado dos grandes centros: no bairro Estaleiro, em Balneário Camboriú. Diferente dos arranha-céus à beira-mar da cidade, essa área é marcada por praias agrestes e normas rígidas de preservação ambiental, que limitam as construções a apenas três pavimentos e restringem a ocupação dos terrenos a 40%.

Onde os ultra-ricos passam as férias e investem suas fortunas?

O comportamento dos ultra-ricos molda mercados no mundo inteiro. Quando falamos em turismo e lazer, destinos como Portugal aparecem no topo da lista. Regiões como o “Triângulo Dourado” no Algarve e a cidade de Lisboa atraem esse público com hotéis exclusivos, propriedades luxuosas e benefícios fiscais para investidores estrangeiros.

Outra tendência crescente entre os bilionários é a busca por refúgios privados. O empresário Mark Zuckerberg, por exemplo, está desenvolvendo um complexo exclusivo na ilha de Kauai, no Havaí, para oferecer o máximo de privacidade e segurança a um seleto grupo de ultra-ricos.

O mercado de luxo, seja imobiliário, de turismo ou financeiro, segue acompanhando essas mudanças e adaptando-se às exigências desse público de altíssimo poder aquisitivo.

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