Homem usou mais de 200 telefones para perseguir e ameaçar a própria namorada por 2 anos, diz polícia


Investigações apontam que ele seguia vítima e compartilhava fotos íntimas dela. Suspeito foi preso após descumprir medidas protetivas impostas contra ele. Homem com algemas.
Getty Images via BBC
Um homem de 22 anos é suspeito de perseguir e ameaçar a namorada de forma anônima por dois anos no Distrito Federal. A Polícia Civil estima que ele tenha usado mais de 200 telefones para entrar em contato com a mulher sem revelar sua identidade.
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O homem foi preso, na última sexta-feira (14), após descumprir medidas protetivas impostas contra ele (veja detalhes abaixo). De acordo com as investigações,
o suspeito seguia a vítima e dizia para ela, de forma anônima, os locais e com quem ela estava, além da roupa que ela usava;
o suspeito criou contas em redes sociais expondo a intimidade da vítima e perfis com dados dela em aplicativos de relacionamento;
ele enviou fotos íntimas da vítima para familiares e a filha de 14 anos dela.
Para disfarçar a autoria das mensagens, segundo a polícia, o autor simulou que também recebeu mensagens do stalker e registrou ocorrência.
“Durante as investigações, a DEAM [Delegacia de Atendimento à Mulher] identificou que o autor das perseguições era o próprio namorado da vítima, que mandava as mensagens de maneira anônima”, diz a Polícia Civil.
Como o suspeito agia
Segundo o Polícia Civil, o casal começou a se relacionar em 2023. Por dois anos, o homem se passou por uma pessoa anônima e usou números privados “para aterrorizar a vítima com mensagens ofensivas, graves ameaças e ligações reiteradas durante o dia e a madrugada”;
O criminoso também fez contato com familiares e amigos da vítima, disse ofensas, ameaçou ela de morte e enviou fotos e vídeos íntimos dela.
“Aterrorizada, a vítima estava adoecida emocionalmente, não usava mais nenhuma rede social e passou a se privar de encontrar amigos e familiares e da convivência com os filhos, que passaram a morar com o pai”, informa a Polícia Civil.
Os investigadores afirmam que, após identificar que o suspeito era a pessoa com quem a vítima se relacionava, foram deferidas medidas protetivas de urgência contra ele.
“Apesar disso, ele continuou a enviar as mensagens ameaçadoras, em descumprimento às medidas protetivas”, o que levou à prisão dele.
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