Os melhores discos de Rap de todos os tempos segundo 10 ícones do gênero

Joey Bada$$, DMC e Busta Rhymes estão entre ícones do Rap que escolheram os melhores discos do gênero
Fotos via Spotify e Wikipedia

Em 2023, a revista Spin reuniu alguns dos maiores representantes do Rap para uma verdadeira missão impossível: escolher quais foram os melhores álbuns do gênero em todos os tempos.

Enquanto alguns como o icônico DMC não souberam escolher um único nome, outros foram capazes de cravar um trabalho como o maior de todos os tempos. A matéria foi divulgada como parte da celebração dos 50 anos do Hip Hop e, de um jeito ou de outro, as seleções mostram como a história do gênero é rica e diversa.

Confira logo abaixo quais foram as respostas desses 10 gigantes do Rap!

Melhores discos de Rap segundo ícones do gênero

DMC

“Eu não acho que há um melhor disco de Rap. Há muita diversidade de estilo, flow, conteúdo e som para dizer que há um melhor disco de Rap. De todos que já foram considerados os melhores, há um álbum que vai servir definitivamente para este lugar quando você ouvi-lo. Então você não pode dizer que há o melhor porque há tantos ótimos! As pessoas tem seus favoritos mas é tudo uma questão de escolha com base no sentimento e em como você o recebe.

‘Raising Hell’ é ótimo, ‘It Takes a Nation of Millions’ é ótimo, ‘The Chronic’ é ótimo, e ‘One for All’ do Brand Nubian é um dos melhores já feitos! Também é aquele álbum perfeito de Rap!”

Vic Mensa

“O primeiro pensamento que me vem à cabeça quando se fala em maior álbum de Hip Hop de todos os tempos é ‘My Beautiful Dark Twisted Fantasy’. Acho que é simplesmente o ápice do Hip Hop como uma forma de arte que engloba tudo e que absorve influências de tudo e as regurgita como ouro.”

Joey Bada$$

“‘Illmatic’, ‘It Was Written’, ‘Reasonable Doubt’, ‘Me Against the World’. Esses álbuns definiram perfeitamente quem esses artistas eram naquele momento. Foram como cápsulas do tempo. É só, sabe, as mentes deles, os pensamentos e emoções. São clássicos.”

Busta Rhymes

“‘The Great Adventures of Slick Rick’, do Slick Rick. Minha maior influência nessa merda, desde a forma como me visto e as joias que uso até o ritmo das batidas em que eu escolhi rimar.

‘It’s a Big Daddy Thing’, do Big Daddy Kane. Simplesmente o melhor flow de todos os tempos.

‘The Low End Theory’ do A Tribe Called Quest. Meus irmãos, tudo porque eu fiz essa pequena aposta e apareci no estúdio da rua Greene.

‘Flesh of My Flesh, Blood of My Blood’, do DMX. A merda mais empolgante e desafiadora do planeta, e o começo do Swiss fodendo geral por três décadas.

‘It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back’, do Public Enemy. Eu chorei pra caralho a primeira vez que o ouvi.”

Soup (Jurassic 5)

“Tem tantos, mas como estão me forçando a escolher, eu tenho que ir com… ‘It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back’, do PE. Nunca houve um álbum assim, com tanta informação vital, que continua te fazendo balançar a cabeça sem nunca perder a mensagem que vem com ele (perfeição pura).”

Tech N9ne

“É uma loucura que, depois de décadas, eu ainda me encontre voltando para ouvir ‘Criminal Minded 1987’ da Boogie Down Productions. Há tantos hits que me levam de volta a um tempo em que o Hip Hop estava PEGANDO FOGO em praticamente todo lançamento. Eles vieram logo de cara com a música ‘Poetry’, que tem uma batida que eu faço com a boca todos os dias para minha filha de 4 meses. Deixa ela mais calma, de verdade! Várias outras jams tipo ‘The Bridge Is Over’, ‘South Bronx’, ‘9mm Goes Bang’ e tantas outras. Vamos lá, cara, ‘P Is Free’! O álbum inteiro é foda na minha opinião e eu ainda o curto como se estivesse ouvindo pela primeira vez cada vez que coloco para tocar.”

Erick the Architect

“Eu debato sobre meu álbum favorito de Rap o tempo todo, acho que minha resposta vai mudar dependendo de que dia for mas eu mantenho a posição firme de que um que sempre volta é ‘It’s Dark and Hell Is Hot’, do DMX.

Esse álbum traz de volta tantas memórias da minha infância, ouvindo a voz do DMX através da vizinhança quando os carros passavam na minha rua! A Intro tem uma batida tão doida, e a forma como X aparece depois da sua pequena esquete sempre me deixa arrepiado. O instrumental desse disco também estava no jogo de videogame ‘Def Jam: Fight for NY’, um jogo que eu jogava sempre quando pequeno. Esse álbum é um clássico pra mim simplesmente por causa da história contada pelo X, que cresceu como um órfão lidando com a vida sozinho e com oposição ao seu redor.

Da produção do Swizz Beats, Irv Gotti, P.K. & Dame Grease, X conseguiu fazer um projeto com grande coesão e que o permitiu falar de uma história que só ele poderia contar. Músicas como ‘Stop Being Greedy’, ‘How’s It Going Down’, ‘Fuckin Wit D’ e ‘Ruff Ryders Anthem’, o X mostrou no seu primeiro disco que ele poderia fazer lançamentos grandes ao abraçar a vulnerabilidade e complementá-la sendo durão também.

Eu ainda o ouço até hoje sabendo que o X estava fazendo algo realmente especial logo de cara – no auge do crack e do HIV nos anos 90, X contou uma história que era muito identificável para todo mundo no planeta que estava sofrendo e [dizia] que eles não estavam sozinhos. Era maior do que a cidade de Nova York, ele estava se inventando como um dos artistas mais únicos e reconhecíveis de todos os tempos. Descanse em paz, DMX.”

Sir Mix-a-Lot

“Na minha opinião, o maior álbum de Hip Hop de todos os tempos é provavelmente um empate entre ‘It Takes a Nation of Millions’, do Public Enemy, e ‘Straight Outta Compton’, do N.W.A.. Esses dois álbuns contribuíram muito para a recusa do Hip Hop de simplesmente entregar músicas gostosas de ouvir que não reconhecessem as questões que permeavam nossas comunidades.”

Pharoahe Monch

“A resposta muda quase sempre obviamente, mas por causa da grandeza da música ‘A Friendly Game of Baseball’, o clássico álbum ‘Breaking Atoms’ do Main Source. Eu vou ter que representar o Queens e o TDOT. O sombrio sample de Lou Donaldson usado como pano de fundo me atinge toda vez.

Não apenas a música usa como metáfora o meu esporte favorito de maneira brilhante, ela enfrenta o sistema maldito que oprimiu pessoas pretas até hoje, em um dos momentos mais cruciais da história do nosso país. Músicas como ‘Peace Is Not the Word to Play’ ainda ressoam e continuam firmes em 2023.

Além disso, sendo um fã de quadrinhos, e todos os colecionadores de quadrinhos vão pegar essa referência… como você não aprecia a primeira aparição de Nasty Nas? Como você sequer escreve sobre relacionamentos tão bem quanto em ‘Looking at the Front Door’ naquela idade? Um salve para Large Pro, Sir Scratch e K-Cut. *levanta e aplaude*”

Slug (Atmosphere)

“Infelizmente, acho que eu não consigo escolher um favorito. Há um número grande demais de álbuns incríveis que influenciaram a minha vida nos últimos 50 anos. Eu gostaria de deixar uma menção honrosa a ‘Done by the Forces of Nature’, dos Jungle Brothers. É o primeiro álbum de Rap que me mostrou vulnerabilidade e um espectro completo do que a humanidade era através da lente do Hip Hop.”

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