6 artistas de quem John Lennon falou mal, incluindo Paul McCartney

John Lennon - Imagine
Reprodução/Youtube

É indiscutível a contribuição do saudoso John Lennon no mundo da música e em questões sociais, como sua luta pela paz. Porém, o astro britânico também chamou atenção ao longo de sua vida por conta de suas falas polêmicas sobre outras bandas!

Por estar sempre sob os holofotes, todos estavam a todo momento atentos aos comentários do músico, principalmente quando o assunto envolvia outros artistas com os quais ele trabalhava ou que já tinham sido apontados como grandes inspirações por ele.

Por terem documentado praticamente todas as falas de Lennon, é possível perceber através dos registros como as visões de Lennon mudaram ao longo de sua carreira e como sua relação com seus colegas de banda também foram estremecendo.

A Far Out usou esses materiais para reunir uma lista de bandas e artistas com os quais John Lennon apresentou alguma questão. O portal ainda deixou claro que as pessoas mencionadas não eram necessariamente odiadas pelo ex-integrante dos Beatles, mas em determinado momento elas atraíram um certo desafeto do icônico músico.

Confira a seguir a lista com bandas e artistas por quem John Lennon chegou a expressar sua aversão!

Os 6 bandas e artistas que John Lennon não gostava

Paul McCartney

Mesmo com John Lennon e Paul McCartney tendo trabalhado por anos ao lado um do outros e sendo considerados até hoje uma das maiores duplas de compositores de todos os tempos, a sintonia inicial dos músicos não evitou que eles se estranhassem depois de alguns anos.

Após a dissolução dos Beatles, que foi muitas vezes apontada como culpa de Macca, Paul lançou uma música vingativa chamada “Too Many People” em seu disco Ram, de 1971, na qual ele faz diferentes aparentes insultos a Lennon. Inconformado com a canção, Lennon respondeu com a música “How Do You Sleep?”, que ainda contou com um George Harrison enfurecido na guitarra.

Além de ter atacado a família de McCartney na letra, Lennon alfinetou a contribuição de Paul para o Beatles, dizendo: “A única coisa que você fez foi ontem”, uma referência à faixa “Yesterday”, do disco Help!. E Lennon continuou: “E já que você se foi, você é apenas mais um dia”. Vixe!

Blood, Sweat & Tears

Lennon disse em entrevista à Rolling Stone em 1971 que não tinha costume de ouvir quem estava no topo das paradas de músicas do Reino Unido e dos EUA. Ao ser questionado pelo jornalista Jann S. Wenner se ele gostava de alguma banda que estava nas paradas, o músico não economizou nas palavras e atacou um dos grupos de rock que mais estava em destaque:

“Eu não gosto dessa merda de Blood, Sweat & Tears. Acho que tudo isso é besteira. O rock ‘n’ roll está caminhando para virar o jazz, até onde eu vejo, e os mentirosos estão indo para aquela excelência na qual eu nunca acreditei e outros indo para o inferno.”

Algumas pessoas apontaram que Lennon poderia ter guardado um certo rancor pelo álbum homônimo do Blood, Sweat & Tears ter vencido o Grammy na categoria que Abbey Road, dos Beatles, estava concorrendo. Compreensível, né?

Joan Baez

Ainda na entrevista com a Rolling Stone, Lennon apontou dois artistas da cena Folk que ele se recusava a ouvir:

“Eu nunca gostei dos sons de Judy Collins e [Joan] Baez e todas essas coisas. Então a única música folk que eu conheço é sobre mineiros em Newcastle ou [Bob] Dylan. Dessa forma, eu seria influenciado, mas não soa como Dylan para mim. Soa como Dylan para você?”

A resposta do ex-Beatle chegou após o jornalista Jann Wenner ter cometido o erro de comparar “Working Class Hero” de Lennon ao trabalho de Bob Dylan.

Após o posicionamento de John, o repórter da revista voltou atrás e alegou que apenas a instrumentação parecia influenciada pelo som de Dylan. Se complicou!

Frank Zappa

Mostrando ser um cara com opiniões controversas, John expressou sua raiva aos críticos que não respeitavam Frank Zappa em seu livro Lennon Remembers. Em seu argumento, o músico se comparou a Zappa, que naquela época era considerado sinônimo de integridade artística:

“Zappa está lá gritando ‘Olhem para mim, eu sou um gênio, pelo amor de Deus, o que eu tenho que fazer para provar a vocês, filhos da puta, o que eu posso fazer e quem eu sou e não ousem criticar meu trabalho desse jeito! Vocês não sabem nada sobre isso!’ Que merda! Eu sei o que Zappa está passando! E mais um pouco! Estou saindo disso agora, que inferno. Acabei de voltar para a escola. Tive professores me dando notas e avaliando meu trabalho. Se ninguém consegue reconhecer o que eu sou, então foda-se.”

Porém, Lennon também sempre demonstrou um pé atrás em relação a ostentações, acreditando que isso poderia fazer com que um artista se sentisse superior a outro e isso possivelmente fez com que Lennon permanecesse crítico ao trabalho de Frank. “Eu admiro Zappa um pouco”, disse ele antes de criticar o artista por ser “um intelectual de merda”.

Bob Dylan

Apesar de Bob Dylan ter sido uma importante influência para Lennon e ter tido sua admiração por muitos anos, o integrante dos Beatles gravou um longo monólogo desconexo em 1979 sobre a cena da música pop, no qual ele criticou Dylan e seu novo álbum Slow Train Coming.

“Ele quer ser um garçom para Cristo”, declarou Lennon, que era ateu, sobre “Gotta Serve Somebody”. “O instrumental é medíocre, os vocais são realmente patéticos, e as palavras eram simplesmente vergonhosas”.

The Rolling Stones

Os Beatles e os Rolling Stones foram definidos por muitas pessoas e veículos como rivais, e John Lennon nunca economizou nas palavras quando abordava o que lhe incomodava na banda e em seu vocalista Mick Jagger. Certa vez, ele disse:

“Eu sempre fui muito respeitoso com Mick e os Stones, mas ele disse um monte de coisas meio provocativas sobre os Beatles, o que me magoou, porque você sabe, eu posso criticar os Beatles, mas não deixe Mick Jagger criticá-los.”

Apesar da alfinetada, a resposta mais pesada de John chegou enquanto ele sugeria que os Stones estavam copiando ele e seus colegas de Liverpool:

“Eu gostaria de apenas listar o que fizemos e o que os Stones fizeram dois meses depois em cada álbum de merda”.

O músico argumentou que “cada porra de coisa que fizemos, Mick faz exatamente igual – ele nos imita”. Para o músico, por exemplo, o álbum Their Satanic Majesties Request era uma cópia de Sgt. Pepper’s, dos Beatles, e “We Love You” era uma cópia barata de “All You Need Is Love”.

Com os Stones cada vez mais sendo elogiados como lendas do Rock enquanto os Beatles estavam desmoronando nos anos 1970, Lennon fez questão de criticar o enaltecimento que o grupo estava recebendo:

“Eu me ressinto da implicação de que os Stones são revolucionários e que os Beatles não eram. Se os Stones eram ou são, os Beatles realmente também eram. Mas eles não estão na mesma classe, em termos de música ou poder, nunca foram.”

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