Amazonas tem três cidades entre as que mais desmatam sem autorização no Brasil

Um levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV) revelou que três municípios do Amazonas estão entre os dez com maior desmatamento não autorizado no Brasil.

Novo Aripuanã, Lábrea e Apuí figuram na lista ao lado de cidades do Pará, Mato Grosso e Rondônia, evidenciando a pressão ambiental sobre o bioma amazônico.

Os dados mostram que Novo Aripuanã lidera o ranking nacional do desmatamento não autorizado, com 163 km² de vegetação suprimida sem permissão legal.

Em seguida, Lábrea ocupa a quinta posição, com 130 km², enquanto Apuí aparece na sétima colocação, com 116 km² de desmatamento irregular.

O estado do Pará também se destaca negativamente, com Altamira, Itaituba e Portel entre os municípios mais afetados.

A pesquisa analisou a legalidade do desmatamento nos biomas Amazônia e Cerrado e apontou que a maior parte da devastação ocorre de forma irregular.

No bioma amazônico, 90,8% do desmatamento registrado não possui autorização legal, enquanto no Cerrado esse índice é de 51,1%.

O infográfico indica que a destruição da floresta ocorre em larga escala sem os devidos processos regulatórios, agravando os impactos ambientais e dificultando a implementação de políticas públicas de preservação e controle.

A degradação ambiental nos municípios do Amazonas tem causado impactos na biodiversidade, no equilíbrio climático e na vida das populações tradicionais.

Além da perda de vegetação nativa, o desmatamento está diretamente ligado ao avanço de atividades ilegais, como a grilagem de terras, a exploração de madeira e a conversão de áreas florestais em pastagens.

Estudos indicam que a supressão descontrolada da vegetação afeta diretamente a regulação do regime de chuvas e contribui para a intensificação dos períodos de seca e incêndios florestais.

A região do Amazonas enfrenta desafios na fiscalização e no combate aos crimes ambientais, especialmente em áreas remotas, onde a presença do Estado é reduzida.

A insuficiência de recursos e de equipes de fiscalização permite que práticas ilegais avancem sem o devido controle, comprometendo os esforços de conservação da Amazônia.

O reforço nas ações de monitoramento por satélite, ampliação das operações de fiscalização e fortalecimento da legislação ambiental são apontados como medidas essenciais para conter o avanço da destruição florestal.

Confira o relatório completo:

Infográfico – Desmatamento ilegalBaixar

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