Por que a Anvisa proibiu a vacina atualizada contra a Covid-19?

Por que a Anvisa proibiu a vacina atualizada contra a Covid-19?

A recente decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de negar o registro da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Zalika trouxe à tona importantes questões sobre a segurança e eficácia de novos imunizantes e cuidados com a saúde. A vacina, destinada a combater a variante JN.1, não recebeu aprovação da agência reguladora brasileira, limitando assim sua distribuição no país. Zalika já anunciou que fornecerá informações adicionais à Anvisa para tentar reverter a decisão.

Sem a aprovação da Anvisa, o Ministério da Saúde enfrenta dificuldades em adquirir e distribuir o imunizante da Zalika, especialmente porque já havia realizado um pregão para a aquisição de milhões de doses. A pasta agora deve procurar alternativas, já que as vacinas da Pfizer e Moderna são as únicas atualmente aprovadas para a variante JN.1 no Brasil. Esta situação ressalta a importância da conformidade regulatória e dos rigorosos processos de avaliação a que as vacinas são submetidas.

Quais são as diretrizes da ANVISA para novas vacinas?

A Anvisa segue diretrizes baseadas em recomendações de órgãos internacionais da área da saúde , como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que atualiza periodicamente suas orientações quanto às variantes do coronavírus que predominam globalmente. No caso do Brasil, a agência exige que vacinas monovalentes sejam aprovadas para variantes específicas, como a JN.1, e possam ser utilizadas em um período determinado antes que sejam consideradas obsoletas.

Apesar da negativa para a vacina da Zalika para a variante JN.1, a farmacêutica possui um imunizante aprovado para a cepa XBB.1.5, que já é aplicado em outros países, como os Estados Unidos e o Reino Unido. Sobre a possível liberação de vacinas, a Anvisa mantém padrões rigorosos a fim de assegurar que somente produtos comprovadamente eficazes e seguros sejam disponibilizados à população.

Quais alternativas o ministério da saúde está considerando?

Com a impossibilidade de contar com o imunizante da Zalika, o Ministério da Saúde explora outras opções para cumprir os compromissos de vacinação. O contrato inicial com a Zalika previa a entrega da versão mais atualizada da vacina, mas a falha em obtê-la desencadeia um processo de busca alternativa com fabricantes que participaram do pregão. A permanência apenas das vacinas da Pfizer e Moderna autorizadas para a nova variante impõe desafios que o ministério da saúde precisa superar rapidamente.

Essas vacinas, juntamente com decisões estratégicas alinhadas ao programa nacional de imunizações, são cruciais para a continuidade da campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2025. Outro ponto importante é a manutenção de um foco especial em grupos prioritários, garantindo que as populações mais vulneráveis estejam protegidas.

Como se desenrola a campanha de vacinação em 2025?

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Frasco de vacina e siringa na mão do médico – Créditos: depositphotos.com / SSilver

O Ministério da Saúde anunciou que em 2025 a vacinação contra a Covid-19 será direcionada a grupos prioritários, incluindo comunidades indígenas, pessoas com deficiência, comorbidades e imunocomprometidas, entre outros. Além disso, o imunizante passará a fazer parte do calendário de vacinação para faixas etárias específicas, como crianças de 6 meses a 5 anos, idosos e gestantes, reforçando o papel preventivo da vacina na rotina de saúde pública.

Este planejamento destaca a adaptação necessária do país ao cenário pandêmico em evolução e a capacidade de resposta das autoridades de saúde, mesmo diante de desafios regulatórios e logísticos.

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